A aquisição da Mitsubishi, em 2016, muito contribuiu para que a Renault-Nissan se tivesse tornado num dos três maiores fabricantes de automóveis a nível mundial, mas a verdade é que tal aconteceu um ano antes do previsto por Carlos Ghosn. Mas nem isso fez esmorecer as ambições do CEO do consórcio franco-nipónico, que, na assembleia anual de accionistas, recentemente realizada, disse acreditar que a aliança poderá, muito em breve, ultrapassar a Toyota e a Volkswagen. E tornar-se no maior construtor do mundo:

Temos estado entre os três maiores construtores desde Janeiro, em termos de volume de vendas, e esperamos estar no lugar do topo em meados do próximo ano – mesmo que esse não fosse o nosso objectivo.”

Segundo a Jato Dynamics, citada pelo Automotive News, nos quatro primeiros meses de 2017, o Grupo Volkswagen vendeu 3,32 milhões de automóveis, a Toyota 3,06 milhões e a Renault-Nissan 3,02 milhões. Não sendo improvável a subida da aliança ao 1º lugar do top, tendo em conta as suas valências no capítulo dos SUV e dos veículos eléctricos, e o seu potencial de crescimento na China e outros mercados emergentes.

Por outro lado, o êxito da Renault-Nissan dever-se-á a algo mais do que à aquisição da Mitsubishi, cujas vendas, em 2016, se limitaram a 934 mil automóveis. Sendo que, nos quatro primeiros meses deste ano, as vendas globais da aliança cresceram 8%, contra os 6% registados pela Toyota, ficando-se a Volkswagen por um crescimento de 1%. Individualmente, a Renault aumentou as suas vendas em 10%, a Nissan em 7%, a Dacia em 7%, a Mitsubishi em 5%, a Lada em 8%, a Infiniti em 24% e a Samsung em 38% – com a Datsun a regredir 2%.

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