Em 2016, o Ensino Superior Privado registou uma taxa de desemprego de 5,4%, inferior aos 7,2% referentes ao Ensino Superior Público. Este cenário traduz uma alteração completa do panorama da empregabilidade nos últimos três anos, conforme se pode verificar pelos dados divulgados no final de semana pela Direção Geral de Estatísticas do Ensino e Ciência (DGEEC).
Já lá vai o tempo em que um canudo timbrado por uma instituição privada valia menos na hora de procurar trabalho. Os dados referentes a 2016 mostram, inclusive, que há até instituições privadas com emprego absoluto: o Instituto Superior D. Dinis e a Academia Nacional Superior de Orquestra.
Se a análise for mais fina e ao nível dos cursos, há 12 cursos lecionados em instituições privadas com 0% de desemprego. São exemplos disso o curso de Informática no Instituto Superior Miguel Torga, Ciências Aeronáuticas no ISEC Lisboa – Instituto Superior de Educação e Ciências, Engenharia de Produção Industrial, no Instituto Superior D. Dinis e Design no mesmo instituto. E também três cursos de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa.
Por outro lado, das 70 instituições para as quais existem dados, 15 apresentam taxas de desemprego na ordem dos dois dígitos. A Escola Superior Artística de Guimarães chega mesmo aos 30%.
Não sendo este um indicador perfeito, uma vez que deixa de fora os desempregados que não se inscrevem em centros de emprego e aqueles que estão a trabalhar em áreas completamente distintas da sua formação, é o único que existe que permite ter alguma noção das garantias de cada curso ao nível da absorção pelo mercado de trabalho.
A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior arranca esta quarta-feira, dia 19 de julho, e prolonga-se até dia 8 de agosto. Os resultados serão conhecidos a 11 de setembro.