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Cursos técnico-profissionais também dão canudo. Quando o ensino superior não é sinónimo de licenciatura

Joel, Nuno, Sérgio, Patrícia e Rúben escolheram uma alternativa à licenciatura. São "cobaias" dos cursos técnicos superiores. Uns já começaram a trabalhar. Todos querem prosseguir estudos superiores.

Joel Pinheiro desde pequeno que praticava equitação e os cavalos sempre foram o seu mundo. Por isso não lhe foi difícil, aos 15 anos, escolher o rumo académico. Saiu de casa dos pais, em direção a Marco de Canaveses, onde iniciaria um curso técnico de gestão equina. Foi o melhor da turma e como uma licenciatura em Medicina Veterinária estava fora do alcance, por não ter bases suficientes para fazer os exames nacionais, a alternativa para continuar a estudar foi tirar um curso técnico superior: Cuidados Veterinários, no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), corria o ano de 2015.

“Ao início confesso que não gostava muito porque a minha ideia era animais de grande porte. Sabia que o curso ia ser focado em cães e gatos, e não consegui deixar de ficar desanimado”, conta ao Observador Joel Pinheiro, hoje com 20 anos, logo acrescentando que os professores acabaram por motivá-lo. O maior problema mesmo foi ter ficado na escola de Marco de Canaveses — com a qual o IPB tem um protocolo — ao invés de ter ido para Bragança: “Não tinha muitas aulas práticas porque não havia clínica. Em Bragança havia”.

A parte do estágio, no último semestre, compensou. “O estágio numa clínica veterinária em Paços de Ferreira foi o melhor local que podia ter escolhido.”Foi de tal forma bom que mudou a “perspetiva em relação aos pequenos animais” e percebeu que, afinal, não quer continuar ligado apenas aos cavalos.

O próximo passo, afirma, é concorrer, através dos concursos especiais, à licenciatura em Enfermagem Veterinária no mesmo politécnico, mas em Bragança, para depois dar o salto para Medicina Veterinária.

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Joel Pinheiro, 20 anos, desde pequeno que pratica equitação

D.R.

Também antes de entrar no CTeSP de Tecnologia Automóvel, no Politécnico de Leiria, Rúben Pires, agora com 24 anos, passou por um curso tecnológico de Mecatrónica Automóvel promovido pelo centro de emprego. Mas o seu percurso não foi sempre no ensino profissional. Foi lá parar apenas por causa da Física e Química que o impediu de concluir o ensino secundário em ciências e tecnologias.

“Em termos académicos aquele curso era um nojo. Podia ser exigente para os que chegavam de meios alternativos de ensino, mas para uma pessoa, como eu, que ficou presa no secundário por causa da Física e Química e que até Matemática A passou através de exame, foi levado com uma perna às costas”, relembra.

ABC dos CTESP

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O que são os cursos técnicos superiores profissionais?
Os cursos técnicos superiores profissionais são cursos superiores com a duração de dois anos, que não conferem grau, mas dão diploma de técnico superior.

Como estão organizados os cursos?
Nos três primeiros semestres, as disciplinas de formação geral e científica têm um peso de 30%, contra 70% de disciplinas de formação técnica. O último semestre consiste num estágio.

Qual o valor das propinas?
O valor das propinas é fixado por cada instituição, sendo que não pode ultrapassar o valor cobrado pelas licenciaturas (1.063 euros). Os alunos podem candidatar-se a bolsa.

Quais os requisitos para inscrição num CTeSP?
Podem concorrer alunos que tenham concluído o 12.º ano, sendo que existem condições especiais para maiores de 23 anos que sejam aprovados nas provas especiais de acesso.

Como fazer para efetuar a matrícula num curso?
A candidatura é apresentada diretamente à instituição de ensino superior que o ministra.

Direção Geral do Ensino Superior

Com aptidões para trabalhos manuais, foi ainda no 9.º ano, depois de um dia aberto no Politécnico de Leiria, que percebeu que a área automóvel era a sua praia. Assim, terminado o curso do centro de emprego, decidiu inscrever-se no curso técnico superior profissional. “Tenho a noção que fomos as cobaias porque fomos o primeiro ano. As cadeiras que correram melhor foram as que têm equivalência direta às da licenciatura em Engenharia Automóvel. Algumas das que são específicas do CTeSP correram mal porque havia discrepâncias entre as aulas práticas e as teóricas”, contou. Apesar disso, frisa, “correspondeu à publicidade feita e às minhas expectativas”, destacando como vantagem o “meio termo” nestes cursos, que permite agradar a dois públicos: “Os que chegam e querem tirar antes de seguir para licenciatura e os que querem entrar logo no mercado de trabalho”.

As coisas correram bem a Rúben e, terminado o estágio que fazia parte do CTeSP, ingressou logo num estágio profissional no mesmo sítio: o Centro Porsche de Leiria. “No próximo ano quero focar-me no trabalho, mas não tenho ideias de parar por aqui. Provavelmente o futuro passará por um curso superior em engenharia mecânica pois o Politécnico de Leiria tem essa oferta em regime pós-laboral. Além disso abre portas para toda a parte industrial.”

Rúben Pires, 24 anos, vai focar-se no trabalho neste próximo ano. Depois quer tirar um curso superior

D.R.

Joel e Rúben são os “alunos-tipo” dos cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) — formações de dois anos ministradas nos politécnicos e que conferem um diploma de Técnico Superior Profissional. Segundo as instituições, a grande maioria dos alunos que entram para este tipo de formação vêm do ensino profissional. Mas não são os únicos.

Nuno Lopes faz parte da tal fatia mais pequena. Chegou a frequentar, durante dois anos, o mestrado integrado de Engenharia de Computadores e Telemática na Universidade de Aveiro mas, “além de ter percebido que ia ser difícil concluir o curso, estava a tornar-se insustentável estar longe de casa”. Acabou por abandonar a faculdade e foi ajudar o pai num novo negócio. É nesse café-restaurante que ainda hoje trabalha.

"Foi a melhor coisa que fiz, este CTeSP. O meu objetivo é ingressar num dos empregos e entrar para Engenharia Informática no Politécnico de Leiria, em pós-laboral.
Nuno Lopes, 26 anos, tirou um CTeSP em Redes e Sistemas Informáticos, no Politécnico de Leiria

Foi a mãe quem lhe falou dos cursos técnicos superiores. Numa primeira abordagem a opção não o agradou pois “pensava que estava a falar dos antigos CET [cursos de especialização tecnológica] e não era bem o que queria porque era abaixo do que eu poderia valer”. Mas a mãe insistiu e o filho acabou por se inscrever no CTeSP de Redes e Sistemas Informáticos em regime pós-laboral.

“Fomos carne para canhão. Não achei nada fácil. Posso mesmo dizer que aquele curso, ao nível de exigência, está quase ao mesmo nível da licenciatura. A programação que tive no CTeSP era exatamente igual à que tive na licenciatura”, exemplifica Nuno, prestes a fazer 27 anos, acabado de terminar esta formação e um estágio na Câmara de Leiria. “Foi a melhor coisa que fiz, este CTeSP. Pode parecer extraordinário mas já tive duas ofertas de emprego, ainda antes de concluir o curso. O meu objetivo é ingressar num dos empregos e entrar para Engenharia Informática no Politécnico de Leiria, em pós-laboral.”

Nuno Lopes chegou a frequentar uma licenciatura, desistiu, fez um CTeSP e quer continuar estudos superiores

D.R.

Também Sérgio Forte entrou, há mais de 10 anos, em Engenharia Mecânica, na Universidade de Coimbra, mas perdeu o interesse no curso e o facto de ter começado a trabalhar a tempo parcial e a ganhar independência financeira deu-lhe força e coragem para largar o curso que “não correspondia à minha expectativa”. Passados alguns anos voltou a tentar e inscreveu-se no Politécnico de Coimbra, “mas também não resultou”, e esteve mais dois anos a trabalhar a tempo inteiro.

Em 2015, seguindo a dica de uma amiga, inscreveu-se no curso técnico superior de Interpretação da Natureza e dos Espaços Rurais, no Politécnico de Coimbra, dando oportunidade a uma paixão antiga.

"O curso superou as minhas expectativas. Tem uma forte componente prática e em termos de exigência achei equivalente à licenciatura que já tinha tentado."
Sérgio Forte, 31 anos, CTeSP em Interpretação da Natureza e dos Espaços Rurais, no Politécnico de Coimbra

“O curso superou as minhas expectativas. Tem uma forte componente prática e em termos de exigência achei equivalente à licenciatura que já tinha tentado. Tivemos algumas cadeiras iguais às da licenciatura de Ecoturismo. Só se tornou mais fácil porque como éramos uma turma mais pequena, há uma maior proximidade com os professores.”

Iniciou o estágio em fevereiro na Parques Sintra, em Montes da Lua, e regressou agora em julho. “Foi muito bom. Deixaram-nos trabalhar e deram-nos liberdade, a mim e à minha colega. Estivemos a trabalhar na implementação de um futuro percurso pedestre inclusivo numa das tapadas”.

Vontade de continuar a estudar tem, mas com 31 anos, “queria já começar a trabalhar”, sendo que há hipótese de começar a organizar percursos pedestres por conta própria.

Sérgio Forte, 31 anos, terminou o curso em Interpretação da Natureza e dos Espaços Rurais e quer começar a trabalhar

D.R.

Patrícia Rocha tem apenas 19 anos mas também está mais inclinada para trabalhar do que para prosseguir com a formação. Para terminar o CTeSP em Produção Audiovisual, só lhe falta defender o relatório do estágio que fez na produtora Fremantle.

“Sinto que aprendi muitas coisas. O curso é muito prático, que é bom mas que o torna exigente porque implica muito trabalho fora das aulas, muitas horas passadas na faculdade. Os professores são ótimos. Nota-se que são professores com experiência”, descreve a jovem de Setúbal.

Já depois do estágio que fazia parte do curso, Patrícia foi convidada a trabalhar durante um mês para um projeto da mesma produtora, o que “foi muito bom”. A licenciatura em Produção Audiovisual, no Politécnico de Setúbal, será uma meta a atingir mais tarde. “Como estou com a energia toda gostava de continuar a trabalhar na área.”

Patrícia Rocha, 19 anos, tirou o CTeSP de Produção Audiovisual em Setúbal e teve logo um convite para um projeto de um mês

D.R.

Procura e oferta de cursos técnicos superiores têm crescido

Como Patrícia, muitos outros dos mais de 300 estudantes que iniciaram um CTeSP em Setúbal em 2015/2016, e que estão agora a concluir o curso, vão optar por entrar para o mercado de trabalho sendo que “uma parte significativa já assinou contrato de trabalho com as empresas onde estagiou”, garante ao Observador Pedro Dominguinhos, presidente do Politécnico de Setúbal (IPS), dando como exemplo os alunos do CTeSP de Produção Aeronáutica.

O Politécnico de Setúbal é, de resto, uma das instituições com mais alunos inscritos nestes cursos técnicos superiores profissionais criados há três anos, frisa o responsável, adiantando que, este ano letivo, estavam a frequentar os 18 cursos ali disponíveis perto de 650 estudantes — 12% do total de alunos do politécnico. E Pedro Dominguinhos não tem dúvidas que “nos próximos anos vamos aumentar ainda mais o número de estudantes em CTeSP. Houve aqui uma mudança importante: estes cursos passaram a ser de ensino superior, dão diploma e têm um maior reconhecimento”. Um reconhecimento que também tem sido trabalhado: “temos vários professores de topo de carreira que lecionam estes cursos” e “tem havido preocupação de implementar um conjunto de metodologias mais próximas da realidade profissional”.

"Nos próximos anos vamos aumentar ainda mais o número de estudantes em CTeSP. Houve aqui uma mudança importante: estes cursos passaram a ser ensino superior e têm um maior reconhecimento."
Pedro Dominguinhos, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal

Com uma longa tradição em formações mais técnicas de curta duração (com cursos de especialização tecnológica — que não davam diploma — desde 2007/2008), a passagem para os CTeSP foi a “transição natural”, justifica o presidente do instituto, frisando que o objetivo é, por um lado, “ter uma alternativa para os estudantes” e, por outro, “dar resposta ao tecido empresarial”. O IPS tem protocolos assinados com cerca de 300 empresas e outras instituições, sendo que nem todas são de Setúbal. “Temos cursos de automação robótica e controlo industrial em Sines em parceria com a Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, temos produção aeronáutica em Ponte de Sor, em parceria com a Câmara Municipal, e em Lisboa, de energia, em parceria com o Cinel. É preciso garantir um lógica de articulação.”

Quem também tem celebrado diversos protocolos com outras instituições é o Instituto Politécnico de Bragança. Desde logo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e outras escolas profissionais da região, mas não só. “Temos colaboração com escolas profissionais da área de intervenção do Politécnico do Porto, como em Santo Tirso e em Marco de Canaveses, mas estamos lá em áreas complementares (áreas agrárias). Não oferecemos concorrência ao Politécnico do Porto, com quem também celebrámos protocolo, numa lógica de maximização de recursos. Interessa-nos não multiplicar despesas”, detalha Miguel Vilas Boas, subdiretora da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança).

Famalicão deverá ser o próximo local, a pedido da câmara municipal. Naquele concelho, 50% dos alunos vêm do ensino profissional e é preciso dar-lhes resposta para continuarem os estudos. É esse um dos propósitos do Politécnico de Bragança, além de dar resposta às empresas.

"Não oferecemos concorrência ao Politécnico do Porto, com quem também celebrámos protocolo, numa lógica de maximização de recursos. Interessa-nos não multiplicar despesas."
Miguel Vilas Boas, subdiretor da Escola Superior Agrária do Politécnico de Bragança

Numa área com grande dificuldade de captação de alunos, os mais de 600 alunos a frequentarem CTeSP este ano letivo (alguns a terminarem o segundo ano e outros ainda no primeiro) já correspondem a 15 a 20% do total de estudantes daquela instituição.

Quem já atingiu um “patamar ótimo”, de pouco menos de 10% do total de estudantes da instituição, foi o Politécnico de Leiria que é, aliás, o instituto com um maior número de alunos a frequentar esta oferta formativa superior de curta duração: 750 a 800 por ano. “Esta é uma aposta estratégica do instituto para diversificar a oferta formativa e sobretudo para dar resposta a uma procura da nossa região. Leiria é dinâmica em termos empresariais e a população é muito jovem. Quer a montante, quer a jusante havia uma grande procura para colocar no mercado de forma muito imediata técnicos altamente especializados”, justificou Eduardo Batalha, responsável pelos CTeSP no Instituto Politécnico de Leiria.

As áreas com mais oferta são as técnicas — ciências informáticas, eletrotécnica e eletrónica, metalurgia e metalomecânica — e o turismo, hotelaria e restauração. Esta semana o IPL vai assinar um protocolo com o município de Torres Vedras, mas Eduardo Batalha sublinha que “não é uma estratégia para continuar. Não é um plano de expansão”.

"Leiria é dinâmica em termos empresariais e a população é muito jovem. Quer a montante, quer a jusante havia uma grande procura para colocar no mercado de forma muito imediata técnicos altamente especializados."
Eduardo Batalha, responsável pela área dos CTeSP no Politécnico de Leiria

Logo no dia em que a instituição arrancou com estes cursos (que neste momento chegam aos 651 em todo o país e aos 39 em Leiria), já tinha celebrado protocolos com 500 empresas e outras instituições de forma a garantir estágios para todos os alunos. E há até estudantes a fazerem estágios no estrangeiro.

Eduardo Batalha garante que estes alunos “não têm canabalizado as licenciaturas pois são dois tipos de formação e convivem bem”, mas salienta que muitos têm logo emprego garantido. “Os nossos alunos de informática quase na totalidade já estão empregados antes de acabarem o curso. Mas não tiram lugar aos engenheiros informáticos”. Até porque têm competências distintas, explica, e as empresas oferecem salários mais baixos a estes técnicos.

A verdade é que nem todos acedem logo ao mercado de trabalho — o que pode, aliás, ser confirmado pelos testemunhos acima. Muitos farão questão de seguir para licenciatura.

“A nossa expectativa é que muitos destes alunos acabem por ingressar em licenciaturas. Era isso que acontecia com os Cursos de Especialização Tecnológica, o que para nós é interessante”, atesta Paulo Sanches, vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, que tem uma oferta de cerca de 40 cursos espalhados por quatro das seis escolas. Só as escolas de Saúde e Educação não têm este tipo de oferta por “recearem concorrência entre diplomados licenciados e CTeSP”.

É possível prosseguir estudos depois dos CTeSP?

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Sim. Os estudantes podem ingressar numa licenciatura ou num mestrado integrado através de concursos realizados por cada instituição de ensino superior e da aprovação numa prova específica, sendo que ficam dispensados da prova se tiverem concluído o CTeSP no mesmo politécnico, ou tenham tido aprovação, no âmbito do CTeSP, em disciplinas da área da prova de ingresso. Se quiserem ir para o ensino universitário, a candidatura depende da realização das provas de ingresso exigidas para o ingresso no curso (exames 12.º ano).

Já lá vai o tempo em que Eduardo Batalha ficava surpreendido com o caminho trilhado pelos alunos destes cursos de curta duração. “Começámos a observar esse fenómeno com os CET e surpreendemo-nos porque não pensámos que seguiriam para licenciatura e até com desempenhos interessantes. Agora já não nos surpreenderá. Diria que metade tem perfil para prosseguir estudos.”

Em Bragança, “as empresas são as primeiras a querer absorvê-los de imediato. Nós somos quase concorrentes das empresas porque queremos que eles continuem a formação superior”, rematou Miguel Vilas Boas, explicando que o “desenho destes cursos é idênticos ao das licenciaturas” e que há mesmo cursos que são apresentados com licenciaturas de continuidade.

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