O presidente da Federação Espanhola de Futebol (EFEF), Ángel María Villar, e o seu filho, foram detidos na terça-feira por suspeitas de corrupção, confirmaram fontes jurídicas ao diário El País. O corpo de magistrados, encabeçado pelo juiz Santiago Pedraz, nem sequer ofereceu ao ex-vice-presidente da UEFA a possibilidade de pagar pela liberdade.

A mega-operação Soule investiga supostas manobras financeiras do presidente da EFEF e de seu filho, Gorka Villar, para o benefício pessoal de ambos e em prejuízo dos cofres da Federação. Também estão sob investigação os supostos acordos de trocas de favor de Villar a dirigentes regionais para garantir a sua continuidade no cargo. Com pena de prisão foi também punido Juan Padrón, presidente da Federação regional de Futebol de Tenerife, e Ramón Hernández Baussou, secretário da mesma Federação. O quarto detido poderá, porém, sair em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de 100 mil euros.

Estas medidas foram explicadas pelo juiz à luz da gravidade do caso. Villar e o filho foram acusados de administração desleal, apropriação indevida de fundos, falsificação de documentos e corrupção, o que os poderia levar a tentar fugir à justiça caso lhes fosse dada a possibilidade de pagar fiança. Pedraz falou ainda da possibilidade de que os suspeitos pudessem tentar interferir na investigação e na análise dos documentos através da fortuna e da rede de conhecimentos que detêm.

Villar estava a meio do seu oitavo mandato à frente da Federação Espanhola de Futebol, a qual presidiu durante quase 30 anos.

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