Está abandonada desde o século XIX, mas a ilha de Eynhallow não deixa de ser um marco das Orcadas da Escócia. Só está acessível uma vez por ano e esconde várias lendas mitológicas.
O seu nome significa “a ilha sagrada” em norueguês arcaico e fica apenas a 500 metros de Mainland – a principal ilha Orcada. Eynhallow parece de fácil acesso, mas a travessia até lá só é feita uma vez a cada ano, quando a Sociedade da Herança das Orcadas organiza uma visita organizada durante o verão. É a única altura do ano que tem para poder visitar a ilha. Mesmo de barco a viagem é arriscada devido às correntes marítimas muito fortes.
Eynhallow não tem mais de 900 metros, tem forma de coração e chega a passar despercebida num mapa-mundo. É uma ilha “parada”, ou não estivesse desabitada desde 1851. Nesse ano, Eynhallow foi atingida por uma praga que obrigou as famílias a partir. Como forma de “desinfetar” a ilha e assegurar que ninguém voltaria, o proprietário retirou os telhados de todas as casas. Desde então, é uma ilha fantasma.
Mas está também repleta de locais pré-históricos, como túmulos e muros da Idade da Pedra. Esta igreja na foto, por exemplo, é uma das infraestruturas que mais curiosidade desperta.
Há muitas outras ruínas espalhadas por Eynhallow.
Mas nem só de riqueza arqueológica vive a ilha. Eynhallow é também um local de biodiversidade, um autêntico viveiro para as muitas aves marinhas e para outros animais que fazem dos penhascos um local de nidificação.
Esta é uma ilha mistério, ou não fosse conhecida por alguns como a “ilha assombrada”. Dizem algumas lendas que Eynhallow está sob um feitiço mítico de espíritos noruegueses malignos que fariam a ilha desaparecer se alguém tentasse pisá-la.
De facto, não há registos da ilha de Eynhallow. É pouco mencionada durante toda a História e não se sabe como surgiu nem quais as suas origens.