O Presidente da Venezuela rejeitou na segunda-feira as sanções que lhe foram impostas pelos Estados Unidos, na sequência da eleição da Assembleia Constituinte no domingo.
Não obedeço a ordens imperialistas, não obedeço a governos estrangeiros, sou um Presidente livre“, declarou Nicolás Maduro, numa reação à decisão norte-americana de congelar todos os bens que o chefe de Estado venezuelano possua nos Estados Unidos.
A decisão foi anunciada algumas horas antes pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, que apelidou Maduro de “ditador”. A convocatória para a eleição foi feita a 1 de maio pelo presidente venezuelano, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana acusa o presidente de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
Pelo menos dez pessoas – embora forças da oposição indiquem que esse número chegue a 14 – morreram no domingo em protestos contra a eleição da Assembleia Constituinte.
Na segunda-feira, dia 31 de julho, a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Diaz, informou que 121 pessoas perderam a vida e 1.958 ficaram feridas desde 1 de abril, quando começaram os protestos contra o Governo de Maduro.