A última unidade do Dodge Viper saiu da linha de produção a 17 de Agosto. O próprio chefe de Design da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Ralph Gilles, assinalou nas redes sociais a despedida de um dos mais emblemáticos muscle cars americanos.
Desde 1992, produziram-se aproximadamente 30 mil unidades do Viper nas fábricas de Mack Avenue (1992 a 1994) e Conner Avenue (1995 até hoje), ambas em Detroit, nos Estados Unidos da América.
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Mas o emblemático superdesportivo tinha os dias contados, e foi o próprio “patrão” da FCA, Sergio Marchionne, quem o anunciou em 2016. Por um lado, segundo a marca, a plataforma do modelo, já com quase 25 anos, não seria capaz de integrar o novo sistema de airbags que passará a ser obrigatório nos Estados Unidos em breve. Por outro lado, também não é menos verdade, embora a Dodge não o confirme, que com o investimento em versões cada vez mais explosivas do Challenger e do Charger, o Viper acabou por ficar sem grande espaço no portefólio de produtos Dodge. O que se terá reflectido numa quebra de vendas, rumor que a FCA nega.
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Certo é que, por uma ou outra razão, foi o fim. Com mais recordes de pista do que qualquer outro automóvel de produção em série no mundo, o ACR de despedida ficará exposto no museu da FCA nos Estados Unidos. Para que todos possam continuar a apreciar a beleza do Viper mais rápido de todos os tempos – cortesia de um V10 de 8.4 litros, motor em alumínio que, além de debitar 654 cv de potência, canaliza para as rodas traseiras o impressionante binário de 813 Nm, o maior entre todos os desportivos naturalmente aspirados do mundo. Infelizmente, não dará para ouvir a “música” que este coupé toca ao rodar.