Os pilotos Martin Sonka e Kevin Coleman foram os vencedores da etapa portuguesa da Red Bull Air Race, que decorreu no fim de semana no Porto e em Vila Nova de Gaia e que somou 850 mil pessoas na assistência. Oito anos passados sobre a última vez que a competição de acrobacia de aviões decorreu no circuito desenhado no rio Douro, a prova, considerada como o Campeonato do Mundo da Aviação Desportiva, voltou a reunir multidões nas margens do Porto e de Gaia.

Na classe dos consagrados (Master Class), Martin Sonka saiu vencedor, depois de o líder e favorito Kirby Chambliss sofrer uma penalização de dois segundos por ter subido demasiado num dos portões, e acabou a sexta etapa – faltam duas para apurar o campeão – à frente da classificação. O checo soma agora dois triunfos em 2017, depois de ter vencido a etapa de abertura em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

A Challenger Class teve como vencedor Kevin Coleman, depois de no sábado ter rompido um pórtico, sofrer uma penalização de dois segundos e acabar com o pior tempo da qualificação. Finda a etapa portuguesa, os pilotos voltam a competir a 16 e 17 de setembro, em Lausitzring, na Alemanha, antes de fecharem a época em Indianápolis, nos Estados Unidos, a 14 e 15 de outubro.

Com o problema da segurança no topo das preocupações das autoridades portuguesas, regista-se a “ausência de ocorrências além das de apoio médico”, disse à Lusa o comandante operacional distrital do Porto, Rodrigues Alves, que destacou o esforço feito pelos 1.049 efetivos das dez entidades envolvidas no terreno.

O Instituto Nacional de Emergência Médica, nos dois dias, assistiu 158 pessoas, tendo 20 delas sido conduzidas ao hospital. O número de 850 mil pessoas na assistência, apesar de ter ficado aquém do recorde de um milhão registado em 2008 na competição portuguesa, é também marcante, já que é maior do que a soma das cinco etapas anteriores da edição 2017 da prova de aviões acrobáticos, fora de Portugal.

Em risco de não se realizar depois de, em agosto, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) não ter reconhecido ao Aeródromo Municipal da Maia, base da prova, capacidade prestadora de serviços de tráfego aéreo, a etapa portuguesa terminou com vontade das autoridades de voltar a ter a prova por mais anos no circuito do rio Douro.

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