Jorge Mendes, Luís Correia e Carlos Osório de Castro — os três foram intimados pela juíza Mónica Gómez Ferrer, responsável pelo processo da alegada fuga ao fisco espanhol de Cristiano Ronaldo, para comparecerem em tribunal no próximo dia 19 de outubro.

A notícia está a ser avançada pelo El Mundo que garante que o agente, o gestor de imagem e o advogado portugueses serão ouvidos em Pozuelo de Alarcón para clarificarem que papel terão desempenhado na alegada fuga de 14,7 milhões de euros relativos a direitos de imagem do internacional português. Os rendimentos em causa terão sido recebidos entre 2011 e 2014.

De acordo com o jornal espanhol, que teve acesso à declaração judicial de Cristiano Ronaldo, proferida no passado dia 31 de julho, o empresário, fundador da Gestifute, já terá sido ilibado pelo jogador: “Ainda ontem falei com ele e disse-lhe: ‘Jorge, tu és como eu, não percebes nada disto dos impostos’. O Jorge tem menos um ano de escolaridade que eu, não sabe nada de impostos e não tem maldade. A especialidade dele é conseguir os melhores contratos e pronto”.

Ao longo de várias horas, descreve o El Mundo, o avançado do Real Madrid recusou qualquer implicação no caso — a justiça espanhola diz que o português fugiu ao fisco de forma “consciente” e “voluntária” –, de forma humilde e pedindo desculpa inúmeras vezes por não se expressar corretamente em castelhano.

Garantiu ainda que nunca se preocupou com questões tributárias — “Pago muito bem [à minha equipa] para não ter problemas e para que não façam disparates” — e até explicou quem o aconselhou a criar, em 2004, a empresa Tollin Associates nas Ilhas Virgens Britânicas. Nada menos do que o próprio Manchester United: “Agora sei que aquilo é um paraíso fiscal, mas antes não sabia. Só sei que essa empresa era para tratar dos meus direitos de imagem”.

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