Em 2015, Tim Cook, o presidente-executivo da Apple, disse que a culpa de não existirem muitas mulheres naquela indústria era exatamente da comunidade tecnológica. Na altura, Cook dizia que “ainda não foi feito o suficiente para mostrar às mulheres que é fixe fazer isto e pode tornar-se muito divertido”. Adivinhava-se uma pequena revolução no gigante tecnológico, rumo a uma maior igualdade de género.

Mas nada aconteceu. Os grandes eventos da Apple continuam a ser monopolizados por homens e a apresentação do novo iPhone, esta terça-feira, não foi exceção. Apenas uma executiva subiu ao palco – Angela Ahrendts, a vice-presidente para a área de retalho. Além dela, só duas mulheres foram vistas durante todo o evento: Deidre Hollars Caldbeck, da equipa de marketing, que apareceu num vídeo, e a própria Siri (a assistente virtual dos dispositivos móveis da Apple).

Há muito tempo que a Apple é criticada pela falta de diversidade. Dados da própria empresa dizem que em junho de 2016, 32% dos trabalhadores eram mulheres e 22% pertenciam a minorias. Ainda que a marca tenha uma campanha em andamento que abona a favor de uma contratação mais multi-racial e que jogue a favor da diversidade, a homogeneidade na liderança e nos momentos mais públicos continua a deixar muito a desejar.

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