O corpo de um jornalista do Financial Times (FT) foi descoberto sem vida um dia depois do presumido ataque de crocodilo que o terá vitimado, avançam as autoridades do Sri Lanka.
Paul McClean, que se encontrava a passar férias com um grupo de amigos neste país asiático, estava a ter aulas de surf na aldeia costeira de Panamá, a 360 quilómetros da capital Colombo, quando se terá afastado do grupo para ir à casa de banho. O jovem de 24 anos terá dado com uma lagoa conhecida entre os locais por ter bastantes crocodilos e, segundo testemunhas oculares, foi atacado quando se aproximou da água para “lavar as mãos”.
Remembering our wonderful colleague Paul McClean https://t.co/N9sSok8T65 pic.twitter.com/MWCCcVDeOo
— Financial Times (@FT) September 15, 2017
Um representante da polícia local terá dito à AFP que “o corpo estava preso na lama, perto do local onde foi visto pela última vez” e que existiam “seis ou sete feridas na sua perna direita”. A autópsia oficial deverá realizar-se ainda hoje e só depois será confirmada a causa de morte.
Operações de busca foram prontamente iniciadas assim que se deu o alarme e mergulhadores da marinha chegaram ao local em pouco tempo, contudo, as águas fundas e turvas da lagoa dificultaram o trabalho.
Fawas Lafeer, o dono da escola de surf onde Paul estava a ter lições, contou ao The Guardian que “Esta é a primeira vez que aconteceu uma coisa deste género” naquela zona e garantiu que Elephant Rock (localidade onde se deu o incidente) “é sempre segura para fazer surf”.
A redação do Financial Times está em choque com a notícia, tendo já comunicado, através de James Lamont, editor do FT, que “os nossos sentimentos estão com a família, amigos e entes queridos do Paul. Estamos em contacto constante com eles, a tentar fazer tudo o que for preciso para os ajudar neste período difícil”.
McClean licenciou-se em Oxford e estava a trabalhar no FT — o seu primeiro emprego — há dois anos. Nos últimos tempos tinha-se dedicado mais a assuntos relacionados com o Brexit e a União Europeia. Lamont descreve-o como sendo um “talentoso, energético e dedicado jovem jornalista” que tinha “uma grande carreira pela frente”.