Problema que afecta quase todos os construtores automóveis, os airbags defeituosos da Takata continuam a provocar prejuízos. Desta feita, no maior construtor mundial, o Grupo Volkswagen, que se vê agora obrigado a recolher, só na China, 4,86 milhões de carros, devido ao perigo decorrente da instalação destes equipamentos fornecidos pela empresa japonesa.

Em comunicado enviado à Reuters, o grupo alemão refere que a recolha dos veículos em questão surge “na sequência de uma recomendação da autoridade de segurança chinesa”, apesar de, até ao momento, não ter tido conhecimento de qualquer incidente relacionado com os airbags instalados nos seus automóveis, a nível mundial. Ainda assim, garante que a substituição dos equipamentos será feita sem quaisquer custos para os proprietários dos veículos.

Segundo as autoridades chinesas, o recall das viaturas em questão deverá ter início em Março de 2018, terminando apenas em 2019.

A chamada às oficinas surge já depois de as autoridades chinesas terem instado não apenas o conglomerado germânico e os seus parceiros chineses, a FAW-Volkswagen e a SAIC Volkswagen, mas também a norte-americana General Motors e a alemã Daimler, proprietária da Mercedes-Benz, a retirarem do mercado os respectivos carros equipados com airbags Takata.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De acordo com as autoridades chinesas, existirão mais de 20 milhões de carros na China equipados com estes airbags. Dispositivos que foram já responsabilizados por, pelo menos, 16 mortes e 180 feridos, em todo o mundo, devido ao facto de inflarem com demasiada força, projectando estilhaços contra os ocupantes.

Depois de mortos e feridos, vai a Takata escapar?

O problema provocou já a maior recolha de veículos alguma vez levada a cabo pela indústria automóvel, ao mesmo tempo que terá levado à falência da Takata. Até ao final de Junho, 24 dos 37 construtores automóveis afectados tinham já chamado às oficinas qualquer coisa como 10,59 milhões de viaturas. Sendo que, outros cinco anunciaram, entretanto, planos para promover um recall de mais 1,26 milhões de automóveis.