Há um nicho de pessoas para quem a Liga das Nações não é novidade (além, claro, dos mais informados): para aqueles que passam horas do seu descanso entretidos a jogar Football Manager, esta é uma prova conhecida e que no jogo saído em 2016 já dava para jogar (virtualmente, claro está) a partir de 2018. E como se pode definir esta nova competição para seleções numa frase (antecipamos o resto das perguntas com o porquê)? É a forma de dar competitividade às equipas nos períodos que antigamente eram dedicados a particulares que muitas vezes não passavam de um mero treino e com adversários que em nada acrescentavam a nível de preparação, mas também se pode simpaticamente falar de uma Liga dos Campeões das seleções (com quatro divisões).

O que é? A Liga das Nações começou a ser ponderada na teoria no final de 2013, com dois objetivos muito claros: dar mais períodos de competição às seleções e acabar com a dificuldade que às vezes existia para encontrar os adversários desejados para particulares. No Congresso da UEFA realizado em Astana, em março de 2014, a competição foi aprovada por unanimidade pelos 54 membros (hoje, com o Kosovo, são 55).

Quem é? A Liga das Nações será composta por quatro “divisões”: a Liga A e a Liga B contarão com 12 seleções cada, a Liga C terá 15 equipas e a Liga D alberga 16 formações. Depois, serão formados grupos de três equipas nas Ligas A e B e de quatro equipas nas Ligas C e D (à exceção de um dos grupos da Liga C, que terá apenas três conjuntos por ter número ímpar). As Ligas serão formadas pelo coeficiente da UEFA, com os melhores a estarem integrados na Liga A: Alemanha, Portugal, Bélgica, Espanha, França, Inglaterra, Suíça, Itália, Polónia, Islândia, Croácia e Holanda. Ou seja, e olhando para a Seleção Nacional, é daqui que sairão os adversários dos comandados de Fernando Santos.

A título de curiosidade, Áustria, País de Gales, Rússia, Eslováquia, Suécia, Ucrânia, Rep. Irlanda, Bósnia, Irlanda do Norte, Dinamarca, Rep. Checa e Turquia estarão na Liga B; Hungria, Roménia, Escócia, Eslovénia, Grécia, Sérvia, Albânia, Noruega, Montenegro, Israel, Bulgária, Finlândia, Chipre, Estónia e Lituânia na Liga C; Azerbaijão, Macedónia, Bielorrússia, Geórgia, Arménia, Letónia, Ilhas Faroé, Luxemburgo, Cazaquistão, Moldávia, Liechtenstein, Malta, Andorra, Kosovo, São Marino e Gibraltar na Liga D.

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Quando é? A primeira edição da Liga das Nações arranca depois do Mundial de 2018, em setembro. A fase de grupos irá decorrer num lapso de dois meses, acabando entre 18 e 20 de novembro. Depois, e apenas no caso da Liga A que junta as melhores equipas, as meias-finais e a final realizam-se a 5/6 e 9 de junho de 2019, daqui saindo o primeiro vencedor da nova competição. De referir que, a partir de março de 2019 (e não em setembro de 2018), começa a fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2020. De referir ainda que, em 2020, cada um dos vencedores dos grupos da Liga das Nações entrará num playoff pelo acesso ao Campeonato da Europa; caso já esteja qualificado, cede posição ao segundo classificado e assim sucessivamente.

Onde é? Todas as equipas irão disputar um jogo em casa e outro fora com todos os adversários no seu grupo como se fosse um mini campeonato, não se conhecendo ainda o país que irá albergar a fase final.

Como é? Alemanha, Portugal, Bélgica, Espanha, França, Inglaterra, Suíça, Itália, Polónia, Islândia, Croácia e Holanda, como já aqui acima explicámos, irão começar na Liga A em virtude do atual coeficiente do ranking da UEFA. No entanto, também aqui existem nuances: na Liga A, o primeiro classificado de cada um dos quatro grupos é apurado para as meias-finais, enquanto o terceiro e último posicionado de cada grupo desce à Liga B na edição seguinte por troca com os vencedores dos quatro grupos da Liga B (e assim sucessivamente, nas outras Ligas).