Em 1900, Sir Charles Robinson comprou um quadro de Bernardino Luini – um discípulo de Leonardo Da Vinci – para a Cook Collection, na Doughty House, em Richmond. Em 1958, a Sotheby’s vendeu a pintura por umas meras 45 libras.
Em 2005, o mesmo quadro reapareceu quando um empresário norte-americano o comprou num pequeno leilão nos Estados Unidos por menos de 10 mil dólares. Em 2011, depois de seis anos de investigação, foi confirmado que a pintura não era de Bernardino Luini – mas sim do próprio Leonardo Da Vinci. Foi a primeira descoberta de um Da Vinci original desde 1909.
Agora, o “Salvator Mundi” – ou “Salvador do Mundo” – vai ser vendido pela Christie’s no Evening Sale of Post-War and Contemporary Art, a 15 de novembro, nos Estados Unidos. A casa de leilões estabeleceu o preço estimado do quadro nos 75 milhões de libras.
Loic Gouzer, presidente da Christie’s, afirmou que “apesar de ter sido criado há aproximadamente 500 anos, o trabalho de Leonardo tem tanta influência naquele que está a ser criado hoje como tinha no que era criado nos séculos XV e XVI”.
Salvator Mundi é uma pintura da figura mais icónica do mundo pelo artista mais importante de todos os tempos”, refere Loic Gouzer.
“Salvator Mundi” é o último quadro de Da Vinci em mãos privadas. Foi pintado por volta do ano 1500, a mesma altura em que o pintor concluiu “Mona Lisa”, e é uma das 15 obras conhecidas de Da Vinci. No século XVII, chegou a fazer parte da coleção real do rei Carlos I.
A obra é um óleo sobre tela que representa a figura de Jesus Cristo, pela cintura, virado de frente e vestido com uma túnica carmim. Na mão esquerda, tem uma esfera de cristal; com a mão direita, parece benzer quem olha para ele. Há muito que se acreditava na existência do “Salvator Mundi”, mas a opinião geral era de que o quadro tinha sido destruído.