Um quarto das mulheres e um sexto dos homens com mais de 65 anos na Europa terão uma qualquer incapacidade física em 2047, segundo um estudo divulgado esta segunda-feira.

A proporção manter-se-á durante as próximas três décadas mas os números absolutos vão aumentar “significativamente à medida que as populações europeias envelhecem”, concluíram os investigadores no artigo publicado na edição online do British Medical Journal.

Os investigadores reuniram dados de inquéritos ao rendimento e condições de vida na União Europeia realizados entre 2008 e 2014 e projeções de esperança de vida para homens e mulheres feitas pelas Nações Unidas.

Em todos os 26 países analisados, a proporção é semelhante, e esta tendência terá que ser acompanhada de ações concretas: “poderá exigir várias medidas para atender às necessidades de um número cada vez maior de pessoas com limitações à sua atividade, tal como alargar as infraestruturas para pessoas com deficiências nos setores público e privado, bem como na formação de médicos e cuidadores”, defendem os autores.

Nas suas conclusões, referem que mais mulheres do que homens sofrem de incapacidade grave em resultado de problemas de saúde prolongados, além de as mulheres terem maior esperança de vida. No entanto, tanto nos homens como nas mulheres se verifica que a saúde piora com idade ao mesmo ritmo.

Os investigadores tomaram em conta o tipo de sistemas públicos de cuidados de saúde nos países e questões culturais de cada país, notando, por exemplo, que uma em cada 10 mulheres suecas com mais de 65 anos dizem ter incapacidades graves, enquanto apenas uma em cada três dizem isso na Eslováquia.

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