O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho foi condenado na terça-feira a uma pena suspensa de quatro anos e meio de prisão. Em causa estão os crimes de violência doméstica, ameaça, ofensas à integridade física, injúrias e denúncia caluniosa contra a ex-mulher, a apresentadora Bárbara Guimarães, o seu ex-namorado, o empresário Ernesto “Kiki” Neves, e um amigo, Ricardo Pereira. Apenas um dia depois, o ex-ministro socialista reagiu à condenação através de uma publicação na sua conta de Facebook.

https://www.facebook.com/ManuelMariaCarrilho/posts/1502015263211832

Manuel Maria Carrilho assegura que os “incidentes” que levaram à sua condenação foram provocados por Bárbara Guimarães e “seus cúmplices” [Ernesto “Kiki” Neves e Ricardo Pereira], tentando estes provar a “perigosidade e agressividade” do ex-ministro. Porquê? “Para compensar a ausência de provas da gravíssima e falsa acusação” de que agrediu a ex-mulher, referindo-se Carrilho à queixa de violência doméstica que a apresentadora moveu contra ele em outubro de 2013. “[O julgamento] continua em curso apesar de ela, a queixosa, tudo ter feito para o atrasar e adiar, tendo mesmo já interposto dois incidentes de ‘recusa de juiz'”, escreve Carrilho.

“Com estes incidentes foi montado um processo que agora chegou ao fim e que mais não é que uma colagem de ardis e de armadilhas, com testemunhas a mentirem, com vídeos manipulados a serem entregues (e aceites!!!…) em tribunal e um sem fim de maquinações”, acusa o ex-ministro da Cultura, prosseguindo depois com o tom crítico em relação à decisão do tribunal: “Incompreensivelmente, o Tribunal Criminal de Lisboa decidiu credibilizar as mentiras da minha ex-mulher e dos seus cúmplices, e condenar-me por sempre ter protegido os meus filhos: das agressões e do abandono da mãe, da chantagem e das brutalidades dos seus amigos, das ameaças pedopsiquiátricas”.

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Carrilho condenado a pena suspensa de quatro anos e meio de cadeia

Após saber da condenação, e ainda no Campus de Justiça, Manuel Maria Carrilho falou logo a seguir ao seu advogado Paulo Sá e Cunha para dizer que “aos olhos dos filhos” foi absolvido. O advogado disse logo que ia recorrer, insatisfeito com os argumentos dos juízes, que não consideraram o processo “que corre no Tribunal de Família e Menores” — e que atribuiu a Carrilho a guarda do filho mais velho, Dinis.

Na mesma publicação no Facebook, Manuel Maria Carrilho repete o que o advogado dissera, garantindo que vai “interpor o respetivo recurso relativamente a esta incompreensível decisão do Tribunal”. O ex-ministro assegura estar “convicto que a justiça e a verdade acabarão por triunfar”.

Continuarei a fazer tudo o que julgar dever fazer para proteger os meus filhos, de acordo com o que me ditar a minha consciência, porque A VERDADEIRA ABSOLVIÇÃO QUE PARA MIM CONTA É A DO DINIS E DA CARLOTA. Eles viram tudo e sabem que estas acusações são todas mentira”, concluiu.

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