Uma tertúlia com o ativista angolano Luaty Beirão e o músico Pedro Abrunhosa é uma das novidades da 8.ª edição do Festival Sons em Trânsito, que decorre de 20 a 25 de novembro, em Aveiro, anunciou esta sexta-feira a organização.
A tertúlia com o tema “Pode uma canção fazer uma revolução?” acontece no primeiro dia do festival e tem entrada gratuita, mediante a apresentação de um bilhete para um dos dias seguintes e a lotação do Teatro Aveirense.
O Festival Sons em Trânsito, que este ano cresce de quatro para cinco dias, apresenta o cartaz “mais cosmopolita do outono português”, com sessões de contos e atuações musicais pautadas pela “diversidade, tolerância e abertura à diferença”, segundo a organização.
A primeira noite de música, no dia 22, traz a Aveiro The Touré-Raichel Collective (Mali/Israel) e o trio Egschiglen (Mongólia).
No dia 23, vão subir ao palco do Sons em Trânsito o pianista cubano Roberto Fonseca e Vinicio Capossela, cantautor e poeta italiano.
O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler e Júlio Resende, um dos mais prestigiados e internacionais pianistas portugueses, fazem parte do alinhamento do terceiro dia do festival.
No último dia do evento sobem ao palco Mulatu Astatke (Etiópia) e Liniker & Os Caramelows (Brasil), embaixadores do funzy – termo criado pela banda para definir a sua música, mistura da R&B e Soul americanas com as raízes da música brasileira e africana.
A tradição dos contadores de histórias volta a marcar presença no festival com a contribuição de Quico Cadaval no dia 24, imediatamente a seguir aos concertos, e no dia seguinte, durante a tarde.
Também no dia 25, mas de manhã, Ivo Prata conduzirá uma sessão de contos infantis para toda a família.
Os bilhetes diários para o Festival custam 15 euros.
Produzido pela Sons em Trânsito e pelo Teatro Aveirense, a primeira edição do Festival Sons Em Trânsito – Músicas do Mundo de Aveiro decorreu em 2002.
Em 2005, na sua quarta edição, o festival saiu de casa e, através do apoio do Programa Operacional Cultura, uniu-se a mais três cidades do norte do país, Vila Real, Bragança e Vila Nova de Famalicão.
Em 2006 e 2007, o festival volta a fixar-se no Teatro Aveirense que esgotou sempre mas, reflexo da crise, foi forçado a um intervalo de nove anos, tendo regressado no ano passado.