Em 2014, Alemanha e Suécia encontraram-se na fase de qualificação para o Mundial: em Berlim, a equipa de Joachim Löw esteve a ganhar por 4-0 mas deixou-se empatar; em Solna, os escandinavos começaram na frente por 2-0 e perderam 5-3. Dois jogos, 16 golos. Em 2017, Alemanha e México cruzaram-se na meia-final da Taça das Confederações, com triunfo germânico por 4-1 fazendo recordar o jogo dos terceiro e quarto lugares da mesma prova em 2005, que acabou por 4-3 após prolongamento. Ah, e ainda há a Coreia do Sul, que se cruzou com a Alemanha no Mundial de 1994 (3-2). Bem-vindos ao grupo F, o grupo que terá o festival do golo.

É preciso recuar a 1962 para se ver um campeão mundial revalidar o título (Brasil), mas esse é o grande objetivo da Alemanha. E com uma legítima esperança: mesmo sem algumas referências ao longo de vários anos como Lahm, Mertesacker ou Schweinsteiger, Joachim Löw mostrou na Taça das Confederações que não só continua com um onze-base fortíssimo como tem uma nova vaga de talentos que prometem manter a Mannschaft nas decisões a médio prazo. Esse é talvez o maior segredo dos germânicos: depois do falhanço completo no Europeu de 2004, em Portugal, a Federação mudou de uma ponta a outra a estrutura do futebol nacional e aprendeu a lição de que, enquanto se estabiliza uma base, deve criar-se outra. E ela está aí: aos “consagrados” Neuer, Hummels, Boateng, Khedira, Kroos, Özil, Müller ou Schürrle juntam-se Ter Stegen, Rüdiger, Kimmich, Draxler, Emre Can, Sané ou Timo Werner. O difícil mesmo é escolher.

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Pela frente, nesta fase de grupos, estará uma Suécia que pode ser mais ou menos forte consoante se confirme ou não o regresso de Zlatan Ibrahimovic à equipa (não é crível, mas com o sueco pode esperar-se tudo); um México que voltou a afirmar-se na qualificação da América do Norte e Caraíbas e que tentará estabilizar a irregularidade de resultados e exibições que continua a ser o principal problema da equipa; e uma Coreia do Sul que, não apresentando recursos como em 2002, é sempre um conjunto capaz de contrariar os cenários teóricos.

O BI do grupo F do Campeonato do Mundo em sete pontos

ALEMANHA
Alcunha: Die Mannschaft (A Equipa Nacional)
Participações no Mundial e melhor classificação: 19.ª participação (campeã em 1954, 1974, 1990 e 2014)
Qualificação (Europa): 1.º lugar no grupo C com 30 pontos em 10 jogos (Noruega, 3-0 fora e 6-0 em casa; Rep. Checa, 3-0 em casa e 2-1 fora; Irlanda do Norte, 2-0 em casa e 3-1 fora; São Marino, 8-0 fora e 7-0 em casa; Azerbaijão, 4-1 fora e 5-1 em casa)
Treinador: Joachim Löw (alemão)
Estrela: Julian Draxler (PSG)
Goleador: Thomas Müller (Bayern)
Promessa: Leroy Sané (Manchester City)

MÉXICO
Alcunha: El Tricolor (A Tricolor)
Participações no Mundial e melhor classificação: 16.ª participação (Quartos-de-final em 1970 e 1986)
Qualificação (América do Norte e Caraíbas): 1.º lugar do grupo A da 4.ª fase com 16 pontos em 6 jogos (El Salvador, 3-0 em casa e 3-1 fora; Honduras, 2-0 fora e 0-0 em casa; Canadá, 3-0 fora e 2-0 em casa) e 1.º lugar na 5.ª fase com 21 pontos em 10 jogos (EUA, 2-1 fora e 1-1 em casa; Panamá, 0-0 fora e 1-0 em casa; Costa Rica, 2-0 em casa e 1-1 fora; Trinidad e Tobago, 1-0 fora e 3-1 em casa; Honduras, 3-0 em casa e 2-3 fora)
Treinador: Juan Carlos Osório (colombiano)
Estrela: Javier Chicharito Hernández (West Ham)
Goleador: Javier Chicharito Hernández (West Ham)
Promessa: Hirving Lozano (PSV)

SUÉCIA
Alcunha: Blagult (Os Azuis e Amarelos)
Participações no Mundial e melhor classificação: 12.ª participação (2.º lugar em 1958)Qualificação (Europa): 2.º lugar no grupo A com 19 pontos em 10 jogos (Holanda, 1-1 em casa e 0-2 fora; Luxemburgo, 1-0 fora e 8-0 em casa; Bulgária, 3-0 em casa e 2-3 fora; França, 1-2 fora e 2-1 em casa; Bielorrússia, 4-0 em casa e 4-0 fora) e vitória no playoff (Itália, 1-0 em casa e 0-0 fora)
Treinador: Janne Andersson (sueco)
Estrela: Emil Forsberg (RB Leipzig)
Goleador: Marcus Berg (Al Ain)
Promessa: Alexander Isak (B. Dortmund)

COREIA DO SUL
Alcunha: Guerreiros de Taegeuk
Participações no Mundial e melhor classificação: 10.ª participação (4.º lugar em 2002)
Qualificação (Ásia): 1.º lugar no grupo G da 2.ª fase com 24 pontos em 8 jogos (Myanmar, 2-0 fora e 4-0 em casa; Laos, 8-0 em casa e 5-0 fora; Líbano, 3-0 fora e 1-0 em casa; Kuwait, 1-0 fora e 3-0 em casa) e 2.º lugar no grupo A da 3.ª fase com 15 pontos em 10 jogos (China, 3-2 em casa e 0-1 fora; Síria, 0-0 fora e 1-0 em casa; Catar, 3-2 em casa e 2-3 fora; Irão, 0-1 fora e 0-0 em casa; Uzbequistão, 2-1 em casa e 0-0 fora)
Treinador: Shin Tae-yong (sul-coreano)
Estrela: Son Heung-min (Tottenham)
Goleador: Ji Dong-won (Augsburgo)
Promessa: Hwang Hee-chan (Red Bull Salzburgo)

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