Em 2012, Halle Tecco e Jeff Hammerbacher decidiram investir por “curiosidade” numa criptomoeda pouco conhecida chamada Bitcoin, que valia cerca de 800 dólares na altura. Apoiaram o fundo de investimento Grayscale Bitcoin, um meio para investidores comprarem a criptomoeda, e ficaram por aí. Hoje, o valor da bitcoin ronda os 17 mil dólares, e o casal de investidores decidiu doar todo o ganho desse investimento para investigação em cancro.

Halle Tecco contou à CNBC que ambos se esqueceram do investimento “por alguns anos” até que em 2017 “se tornou interessante”. Tecco não revelou quanto o casal tinha investido em 2012 e quanto vale hoje esse investimento. Além disso o hospital a que doaram, o Centro Oncológico MUSC Hollings, ainda tem de decidir se vai converter o valor em dólares.

O casal investe, normalmente, em tecnologia e saúde — ambos gerem o fundo “angel” Techammer. Além disso, Tecco é co-fundadora da Health Rock, uma firma de investimento em saúde digital e o marido, Hammerbacher, foi cientista de dados no Facebook na sua fase inicial e agora gere um laboratório.

O principal objetivo deste ato de “filantropia bitcoin”, conforme escrevem num tweet, é incentivar a “comunidade de investidores que beneficiou da febre do bitcoin” que teve “visão (e sorte!)” a “ajudar outros”, disse Tecco à CNBC.

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No começo de 2017, o valor da criptomoeda andava abaixo dos mil dólares. Com o passar do ano, a moeda disparou. O bitcoin deixou de ser algo do mundo da tecnologia para passar a ser uma “febre”, conforme lhe chama Halle Tecco, que já foi para a bolsa e ganha legitimidade na comunidade financeira.

Bitcoin chega à alta finança. Até onde irá a febre das moedas digitais?