Os moradores da localidade de Camarate, concelho de Loures (distrito de Lisboa), vão realizar na quinta-feira uma vigília para protestar contra o encerramento da estação dos CTT local, anunciou esta terça-feira a comissão de utentes. A ação é convocada pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da União de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação e decorrerá a partir das 17h00, junto à estação de correios.

“Tomamos conhecimento de que a estação de Camarate faria parte de uma lista de 22 estações que os CTT pretendem encerrar. Achamos que é uma decisão totalmente injustificada e com graves prejuízos”, sublinhou à agência Lusa Fernanda Santos, porta-voz da comissão de utentes. Fernanda Santos referiu que esta estação serve uma população de 35 mil habitantes e atende diariamente uma média de 200 pessoas.

“Trata-se de uma estação que atende muitas pessoas idosas e também muitas empresas locais, que utilizam a estação para levantar as suas encomendas. Portanto, cai por terra o argumento de que tem pouco movimento”, apontou.

Por outro lado, a porta voz da comissão queixou-se também da “degradação do serviço prestado” pelos CTT naquela zona, nomeadamente da ocorrência de atrasos na entrega das correspondências. Entretanto, a comissão já solicitou uma reunião com a administração dos CTT para os tentar sensibilizar para a importância do posto de Camarate, onde trabalham três funcionários.

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Os CTT confirmaram a 2 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).

A decisão de encerramento motivou já críticas de partidos, autarquias e utentes.