Elon Musk, o famoso líder da empresa de automóveis elétricos Tesla e da Space X, esteve presente numa festa de Silicon Valley que se tornou mais tarde numa orgia. Segundo um representante da Tesla, em resposta ao Business Insider, Musk esteve no evento durante cerca de duas horas, até à uma da manhã, achando que se tratava de uma festa de máscaras.

Tudo ocorreu em junho de 2017, em casa de Steve Jurvetson, um investidor de Sillicon Valley que, em Novembro, foi afastado por acusações de assédio sexual do fundo de investimento DFJ, o qual era fundador. Comunicado da Tesla à mesma publicação afirma que o empreendedor não assistiu a nenhum comportamento impróprio enquanto esteve presente, tendo aproveitado o evento para falar de tecnologia e negócios com investidores da DFJ sobre tecnologia e negócios.

A impressão [de Musk] é que se tratava de uma festa de máscaras, não de uma orgia [o termo utilizado no comunicado em inglês é “sex party”] e não havia indicação que se ia tornar numa depois de Musk se ir embora”, afirma comunicado da Tesla.

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A festa tornou-se notícia no seguimento do lançamento do livro “Brotopia”, da jornalista Emily Chang, que teve um excerto publicado na Vanity Fair e acusa Sillicon Valley de promover um ambiente chauvinista e intimidador para empreendedoras. Chang, que esteve na festa, afirma que viu convidados a consumir drogas e a terem atos sexuais explícitos.

Paul Biggar, um investidor tecnológico que também esteve presente, assumiu no seu blog que não viu nenhum comportamento impróprio até se ir embora (pela meia-noite e meia), mas que o cenário descrito por Chang de uma decoração que “convidava a cuddle puddle“, um termo em inglês utilizado para “carícias em grupo”, normalmente associado a raves, é verdadeiro. Biggar, no post, critica o ambiente promovido e destaca o livro de Chang por descrever uma realidade machista e “de abuso de poder” que precisa de mudar.

Chang, em Brotopia, afirma que na festa um investidor “mascarado de coelho” lhe ofereceu drogas numa sala em que várias pessoas se preparavam para iniciar relações sexuais. No livro a jornalista afirma que as mulheres empreendedoras vivem num ambiente de abuso de poder por parte de investidores que as leva a terem de participar nestes eventos sob o risco de não obterem financiamento.