Depois de vários teasers e informações espaçadas, revelados ao longo dos últimos meses, foi sem grandes surpresas que a quarta geração do mais estatutário dos jipes da Mercedes-Benz, o Classe G, foi oficialmente apresentada no Salão Automóvel de Detroit, a decorrer. Dando assim a conhecer um modelo que, apesar da estética muito idêntica à do antecessor (até para não beliscar sensibilidades), reclama uma evolução em termos de conforto, espaço e até capacidades offroad.
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Internamente conhecido como W464, o novo Classe G pode enganar à primeira vista, já que os seus mentores optaram por manter as já conhecidas linhas “quadradonas” de modelo. Fazendo apenas pequenas alterações de pormenor, nomeadamente na grelha frontal, com novas aplicações em metal; nas ópticas, que ainda assim se mantêm redondas; no capot, agora redesenhado; e até mesmo no pára-choques, com vista a uma melhoria das aptidões aerodinâmicas. Mas, quanto a isso, já lá vamos.
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Num modelo que teve como melhor ano de vendas precisamente o último, e que, por mais incrível ainda que possa parecer, tem na versão AMG G 63s o seu best-seller, torna-se compreensível o esforço de não melindrar consciências entre os indefectíveis de tão estatutária proposta. Seja no que respeita ao aspecto exterior, seja nas melhorias introduzidas, visando oferecer um todo-o-terreno mais evoluído, mais confortável, mais espaçoso, além de tecnologicamente mais avançado. Como acontece, aliás, com a geração agora apresentada em Detroit, cujo modelo de exposição surgiu em palco conduzido pelo actor e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, impulsionado por um V8 4,0 litros turbo de 428 cv e 610 Nm de binário. Ainda que, lá mais para a frente, em 2019, também esteja prevista a introdução de uma versão 350d.
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Mas as maiores evoluções, nesta quarta geração do Classe G, estão longe dos olhares e debaixo da carroçaria, naquela que é uma espécie de fusão entre o novo e o velho. A começar pela nova plataforma, que mantém a opção por um chassi de longarinas, crescendo 53 mm no comprimento e 121 mm na largura. A que se juntam depois um novo eixo dianteiro e suspensão independente à frente, além de um eixo traseiro igualmente novo, que a Mercedes garante poder oferecer um “comportamento mais estável e robusto”.
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Graças ao aumento das dimensões exteriores, melhora a habitabilidade, com os ocupantes dos lugares traseiros, por exemplo, a beneficiarem de um aumento de 150 mm no espaço para pernas, mais 27 mm ao nível dos ombros e mais 56 mm ao nível dos cotovelos. Aspectos que contribuem para um maior conforto, garantido igualmente pelos novos bancos, tanto à frente como atrás, com os dianteiros a poderem ser aquecidos, refrescados e até mesmo equipados com sistema de massagens.
Ainda no interior, destaque para o facto de o Classe G, embora proposto de série com painel de instrumentos analógico, já poder receber o conhecido e generoso painel digital de 12,3”, a preencher quase um terço da frontal do tablier, e com dois ecrãs a cores de alta resolução a exibir toda a informação necessária. Isto, além da presença do mesmo touchpad com comando rotativo, para controlo do sistema de informação e entretenimento, conhecido de outros modelos da marca.
A pensar no todo-o-terreno, para o qual foi criado, o novo Mercedes-Benz Classe G não só exibe melhores ângulos que o antecessor, como conta ainda com três diferenciais autoblocantes a 100% e uma caixa de transferências. Ao passo que, a pensar no comportamento em estrada, surge um sistema Dynamic Select com quatro opções (Comfort, Sport, Eco e Individual), cuja actuação se faz sentir na resposta da direcção, motor e transmissão.
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Como opcional, está disponível uma suspensão activa, com vantagens no fora-de-estrada, onde o “G-Mode” é automaticamente ligado, assim que surge a indicação de activação de pelo menos um dos três diferenciais autoblocantes e de selecção das redutoras.
Também a favorecer a exibição por caminhos mais aventureiros, o facto de o novo Classe G ser 170 kg mais leve que o antecessor, beneficiando ainda de uma carroçaria mais rígida, a anunciar melhores níveis de insonorização, resistência às vibrações e aspereza.
Quanto a motores, as informações entretanto divulgadas revelam que a versão diesel, aquela que mais interessará ao mercado português, será proposta com caixa automática de nove velocidades, com as entregas a começarem já no próximo Verão (especificações ainda por definir).