Pouco antes de, esta quarta-feira, o Parlamento regional catalão ter eleito o seu novo presidente, o ex-chefe do governo da Catalunha partilhava no Twitter um vídeo sugestivo: mostrava imagens da violência levada a cabo pelas autoridades espanholas durante o processo de referendo pela independência da Catalunha, seguidas de fotos de arquivo, de 1940, de um encontro entre o líder nazi Hitler e o ditador espanhol Franco, intercaladas com imagens de Mariano Rajoy.
Només entenen de por, violència i imposició. Els ensenyarem que no hi ha res que pugui doblegar l'esperit d'un poble lliure, pacífic i democràtic. Recuperem les nostres institucions. Lluitem pel país. Exercim la dignitat. Visca la terra, i visca Catalunya lliure! pic.twitter.com/fz5VRScKVn
— krls.eth / Carles Puigdemont (@KRLS) January 17, 2018
“Eles apenas compreendem o medo, a violência e a imposição. Vamos ensinar-lhes que não há nada que possam fazer contra o espírito livre, democrático e pacífico do povo. Vamos restaurar as nossas instituições. Vamos lutar pelo nosso país. Estamos a agir com dignidade. Longa vida à nossa terra, longa vida à Catalunha livre!”, escreveu Puigdemont, a acompanhar o vídeo.
O vídeo mereceu a rápida condenação da Federação das Comunidades Judaicas Espanholas, que o apelidou de contraproducente e sem sentido. “A utilização de imagens relativas à segunda guerra mundial não faz sentido e menoriza a credibilidade da mensagem”, lê-se num comunicado daquela federação, citado pelo The Guardian.
Segundo uma fonte próxima de Carles Puigdemont, que está exilado na Bélgica, a intenção não era “comparar Franco, Hitler e o partido popular de Mariano Rajoy”. “Tudo o que ele fez foi partilhar um vídeo impressionante, que mostra o poder do povo catalão no dia 1 de outubro”, disse a mesma fonte.