Os anos 80 estiveram para as cantoras pop – Madonna, Bonnie Tyler, Cyndi Lauper, The Bangles – como os anos 90 para as super modelos que se tornaram os novos ícones femininos de então, entre elas Cindy Crawford, Linda Evangelista, Elle Macpherson, Christy Turlington, Naomi Campbell, Helena Christensen e Claudia Schiffer. Vale a pena relembrar que nos anos 90 ser-se modelo era uma profissão restrita e poucos nomes chegaram ao topo, ao contrário dos dias de hoje com a chamada geração das “Instamodels” que nascem nas redes sociais e onde se incluem nomes como as irmãs Hadid, Kylie Jenner ou Hailey Baldwin.
Os anos 90 já lá vão mas as super modelos originais (como são chamadas) continuam a impactar o mundo da moda. Donatella Versace fechou a Milão Fashion Week com a sua coleção de primavera/verão 2018 com uma reunião de peso que juntou cinco das originais que desfilaram de mãos dadas num tributo a Gianni Versace.
Em entrevista à revista Remix, Campbell mostrou estar a gostar das mudanças que o mundo da moda está a sofrer “A indústria está a mudar e parece-me que agora há mais modelos e o mercado tornou-se muito mais competitivo porque elas surgem e crescem muito mais rápido que antigamente”.
Mas não há como esquecer a loucura dos anos 90 onde Linda Evangelista chocou o mundo ao dizer que não se levantava da cama por menos de dez mil dólares. Evangelista fazia parte de um grupo particular que ficou apelidado de “The Big 6” e que reunia as seis super modelos conhecidas pela sua atitude pouco simpática: Claudia Schiffer, Cindy Crawford, Kate Moss, Linda Evangelista, Naomi Campbell e Christy Turlington. Com exceção de Moss, todas estas ficaram conhecidas como as “originais” porque tomaram o mundo de assalto: eram as mais requisitadas e que dominavam as capas de todas as revistas, faziam as campanhas de publicidade mais desejadas, dançavam em vídeos de música famosos (como os de George Michael), desfilavam para os principais nomes das semanas da moda e eram os ícones a seguir por mulheres no mundo inteiro.
Mas o mundo cansou-se da sua atitude e há quem diga que foram elas as responsáveis pelo desaparecimento das super modelos e pelo gradual sucesso, nos anos 2000, das cantoras, das atrizes e de outras celebridades que voltaram a recuperar o espaço perdido e a substituir as super modelos nas revistas e na publicidade.
Em entrevista, Claudia Schiffer disse que o mundo nunca mais vai ter super modelos como elas mas atribuiu uma exceção à brasileira Gisele Bündchen pelo sucesso que atingiu. Talvez tenha razão porque na lista da Forbes das 100 celebridades mais bem pagas do mundo em 2017 nenhuma modelo está presente. A modelo que mais faturou no ano passado foi Kylie Jenner (22 milhões de dólares) e, ainda assim, está abaixo do que facturou a última pessoa da lista.
Todas as “originais” estão agora no fim dos seus quarenta anos e início dos cinquenta mas parece que o tempo mal passou por elas. Na fotogaleria, conheça alguns dos segredos anti-idade das super modelos que inspiraram os anos 90 e continuam a ser sinónimo de beleza e elegância.