Luís Bernardo, diretor de comunicação do Benfica, concedeu uma entrevista à BTV onde comentou não só a junção do processo da alegada compra de jogos aos casos dos vouchers e dos emails. “Isto não tem nada de novo mas queremos aproveitar para dar uma palavra de esclarecimento e serenidade a todos os benfiquistas”, destacou, antes de abordar não só todos esses assuntos mas também o ruído criado em torno dos encarnados.
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“Em relação ao caso dos vouchers, foi arquivado em diferentes entidades: na Comissão de Instrutores da Liga, no Conselho de Disciplina da Federação, no Tribunal Arbitral do Desporto e no Comité Disciplinar da UEFA. Foram diversas as instituições que analisaram o caso e arquivaram, mostrando que não existia ali qualquer irregularidade. Eram prendas dadas dentro das normas estabelecidas, indiferenciadas, dadas independentemente do resultado. É natural que a denúncia tenha partido do presidente do Sporting e, tendo feito essa denúncia à Polícia Judiciária, desconhecemos o estado do processo, mas é natural que tenham concentrado este caso noutro processo a decorrer”, começou por referir a propósito do caso dos vouchers.
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“Sobre os emails, não existe um facto onde se possa dizer que há uma relação de causa/efeito que tenha acabado em alterações de resultados. Ainda nos últimos dias vimos o boletim clínico de atletas na praça pública, que é a informação mais privada e confidencial que deve existir de cada um de nós, e uma total inércia do Ministério Público. O Benfica está perfeitamente tranquilo. Que fique muito claro que a posição do Benfica é estar com total tranquilidade, uma vez que não cometeu ilegalidades”, salientou sobre o caso dos emails.
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“A propósito do tal caso dos jogos suspeitos, dos quatro jogadores que o Benfica teria tentado subornar veio a saber-se que só dois tinham atuado nesse jogo e que esses dois, o Cássio e o Marcelo, foram dos melhores em campo. Diz-se que é uma denúncia não confirmada mas também nunca fomos contactados”, frisou em relação aos alegados jogos referentes à temporada de 2015/16 que teriam os seus resultados finais viciados.
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“Em resumo, o que queremos é que a justiça faça o seu trabalho de forma célere. Portugal não pode ser visto como um paraíso do cibercrime porque a violação de correspondência provada é crime. Oportunamente chegarão as conclusões e cá estaremos de forma para responder a tudo mas não há um dado concreto sobre algo de ilegal ou de um crime cometido. Controlo do futebol? Pedro Proença foi eleito com os votos do Sporting e do FC Porto e do Benfica contra; Fernando Gomes, que está a fazer um excelente trabalho, é um ex-dirigente do FC Porto. Quem quisesse ter esse poder de controlo deveria querer pôr pessoas ligadas ao Benfica nesses cargos…”, rematou Luís Bernardo.
Em paralelo, o diretor de comunicação do Benfica deu também o seu ponto de vista sobre as razões para o sucesso do Benfica e falou também em “desespero” por parte dos rivais diretos, FC Porto e Sporting.
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“O Benfica tem ganho mais porque tem melhores projetos e melhores treinadores. O Sporting veio à Luz buscar um dos treinadores que conquistou Campeonatos no Benfica e quase pareceu que tinha ganho um campeonato por vir cá buscá-lo… O Benfica está nos topos de assistências, ganha mais nas receitas, nos patrocinadores. Há um desespero muito grande dos adversários para ganhar pela situação financeira que enfrentam e uma tentativa de dividir os benfiquistas. Teremos uma postura construtiva, pela positiva e vamos concentrar-nos nas vitórias desportivas porque o ruído fica lá fora”, concluiu Luís Bernardo.