A Brisa Concessão Rodoviária registou em 2017 um lucro de 136,1 milhões de euros, uma subida de 48,4% face ao ano anterior, anunciou esta quinta-feira a empresa.
Em informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Brisa Concessão Rodoviária refere que o aumento do resultado líquido foi “suportado pelo aumento das receitas de portagem e pelo controlo dos custos operacionais e financeiros”.
Em 2017, as receitas de portagem aumentaram 8,1% para 557,2 milhões de euros, “suportadas pelo desempenho do tráfego”. O tráfego, por sua vez, manteve um “forte desempenho, ao crescer 6,8% em 2017”.
A Brisa Concessão Rodoviária refere que, “como tem acontecido nos últimos anos, todas as autoestradas registaram taxas de crescimento positivas do TMD [tráfego médio diário] em 2017”, tendo a Autoestrada 9 (A9) registado a taxa de crescimento mais elevada devido à saturação de tráfego no IC17/CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa).
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) aumentou 9,8% para 441,1 milhões de euros em 2017 e a margem EBITDA atingiu os 77,3%, “suportada pelo significativo aumento das receitas operacionais e pela contínua política de contenção de custos”.
A Brisa Concessão Rodoviária diz ter “uma confortável posição de caixa e linhas bancárias que lhe permitem satisfazer os próximos reembolsos de dívida”, e acrescenta que “manteve uma gestão financeira ativa e reduziu a concentração de maturidades da sua dívida”.
Segundo a informação enviada ao mercado, o custo médio ponderado da dívida da Brisa Concessão Rodoviária manteve tendência de queda, diminuindo para 3%.
Os custos financeiros baixaram 21,9%, devido ao “reembolso em dezembro de 2016 do empréstimo obrigacionista de 407,3 milhões de euros, com cupão de 4,5%”, a “custos não recorrentes em junho de 2016 relacionados com exercício da opção de recompra e reembolso antecipado do empréstimo obrigacionista no montante de 120 milhões de euros” e a “menores custos de contratação de financiamentos”.
A Brisa Concessão Rodoviária surge na sequência da reorganização societária do Grupo Brisa, que implicou a conversão da empresa numa ‘holding’ de negócios, através da transferência da concessão Brisa para um veículo específico.