O número de funcionários públicos voltou a subir em 2017, pelo terceiro ano consecutivo, para 669.725, um aumento 0,8% face ao ano anterior, ou seja, mais 5,6 mil trabalhadores, revelam estatísticas oficiais divulgadas esta quinta-feira.

Os dados integram a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) referente ao quarto trimestre de 2017, publicada pela Direção Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Em dezembro de 2017, o emprego na administração pública situava-se em 669.725 postos de trabalho, um aumento de 0,8% face ao mesmo período de 2016 (mais 5.573 postos de trabalho).

A administração local contribuiu de forma significativa para o aumento do número de funcionários públicos em 2017, ano de eleições autárquicas, com um acréscimo de 2.101 postos de trabalho, mais 1,9% face ao ano anterior.

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Por carreiras, os dados mostram que no final de 2017 havia mais 2.337 técnicos superiores do que há um ano (uma subida de 3,9%) e mais 1.922 educadores de infância e professores do básico e secundário (um aumento de 1,5%) e mais perto de mil médicos e mil enfermeiros.

Ao contrário, verificou-se uma redução do pessoal das Forças Armadas (menos 1.369 ou 4,8%) e das Forças de Segurança (menos 636 ou 1,2%).

O fluxo de entradas e saídas ao longo do ano de 2017 mostra que o total de entradas na administração pública foi de 109.498, das quais 57.059 são novos contratos (sendo as restantes de mobilidade e outras situações). Por outro lado, registaram-se 56.202 saídas, das quais apenas 5.855 por aposentação.

Comparando com dezembro de 2011, o emprego público registou uma quebra de 8%, correspondente à redução de 58.080 postos de trabalho, revela ainda o documento.

Já comparando com o trimestre anterior, o emprego na administração pública aumentou 8.646 postos de trabalho (1,3%), com os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a apresentarem o maior contributo para este aumento (mais 9.186).

A subida nestes dois ministérios reflete “a atividade de início do ano letivo 2017/2018, com o processo de colocação de docentes contratados e de técnicos superiores para atividade de enriquecimento curricular (AEC) nos estabelecimentos de ensino”, lê-se no documento.

O valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores da administração pública era de 1.460,8 euros em outubro de 2017, correspondendo a uma subida de 0,1% face ao trimestre anterior e de 0,7% comparando com o mesmo mês do ano anterior.

A subida salarial está relacionada com a “entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios” e com a atualização do salário mínimo nacional, explica a DGAEP.

Por sua vez, o ganho médio mensal (que inclui suplementos) era de 1.693,9 euros em outubro, uma subida trimestral de 0,4% e de 1,6% em termos homólogos.