As longas filas ainda antes da abertura do período de credenciação da assembleia geral do Sporting, marcado para as 12 horas, faziam adivinhar um cenário que se acabou por confirmar por volta das 14h30, altura em que o Pavilhão João Rocha atingiu o limite das 4.000 pessoas, naquela que será a reunião mais participada da era Bruno de Carvalho e uma das mais participadas de sempre. Falando à comunicação social antes do arranque dos trabalhos, Jaime Marta Soares, presidente da Mesa, referiu que “as pessoas estão conscientes do momento”.
Da vídeoconferência aos grupos de Facebook, um glossário da AG do Sporting (e dos seus bastidores)
“Se o Pavilhão estiver cheio, vamos lá para cima para o Multiusos. Estão criadas todas as condições físicas para que seja uma boa assembleia geral. Se não conseguirmos dar condições para que os sócios possam dar azo àquilo que lhes vai no coração, temos de encontrar um plano B, que seria marcar outra assembleia para o MEO Arena [atual Altice Arena] ou até no próprio estádio. Se encontrarmos esse momento em que não caibam no Pavilhão ou no Multiusos, tem de se tomar uma decisão”, disse antes de dar início aos trabalhos.
“Neste momento, retirar a continuidade de Bruno de Carvalho à frente do Sporting é fazer com que o Sporting recue uma série de anos e todos somos conscientes dos males que causaram ao Sporting. Muita gente anda a falar e muitos contribuíram para esses desaires, e agora passam uma escova por cima dessa questões e acusam alguém que tem levado o Sporting a um caminho que não recordávamos. Claro que qualquer homem tem virtudes e defeitos, mas com esta entrega ao Sporting acho que vale a pena continuar a apoiá-lo, sem tantos grupinhos e interesses individuais. O Sporting tem de estar sempre acima de tudo isto”, acrescentou, a propósito do seu sentido de voto, antes de explicar também a forma como irá decorrer a votação dos três pontos que serão sufragados.
“A proposta da Mesa é que os três pontos sejam votados em bloco. O presidente da Assembleia Geral só tem de garantir o funcionamento democrático da assembleia, porque os sócios é que mandam. Há 45 urnas para que cada um faça a sua manifestação”, concluiu.