O Papa Francisco diz que está preocupado com “a persistência de uma certa mentalidade machista”, mesmo nas “sociedades mais avançadas”. No prefácio que assina no livro “Dez coisas que o Papa Francisco propõe às mulheres”, de Maria Teresa Compte, o Papa Francisco denuncia a violência contra as mulheres, objeto de “maus-tratos, tráfico e lucro”, bem como a exploração de “certo tipo de publicidade e na indústria do consumo e da diversão”.
As preocupações do Papa foram reveladas pela agência de informação da igreja, a Eclesia, no dia em que a Donne Chiesa Mondo (Women Church World, em inglês), a revista mensal feminina do jornal do Vaticano Osservatore Romano, revelou freiras são frequentemente tratadas como servas contratadas pelos cardeais e pelos bispos, para quem cozinham e limpam por quase nenhum salário. Mas as declarações do Papa foram escritas
No prefácio, o atual pontífice mostra-se preocupado com o facto de a ideia de “servidão” das mulheres ainda existir, em vez de as ligar a missões de “verdadeiro serviço”. O Papa Francisco convida ainda os leitores a fazerem uma “renovada investigação antropológica”, para aprofundar a identidade feminina e masculina à luz dos “progressos da ciência e das atuais sensibilidades culturais”.
A irmã Maria da Graça Guedes, vice-presidente da Conferência dos Institutos Religiosos, reagiu à notícia das freiras exploradas por bispos e cardeais, dizendo que são situações que “entristecem a Igreja”.
Situações de exploração “entristecem a Igreja”, diz responsável pelas freiras portuguesas