Donald Trump perdeu mais um nome de peso na sua esfera. Depois de Hope Hicks, diretora de comunicação da Casa Branca, o principal conselheiro do presidente norte-americano para a economia também se demitiu. Gary Cohn, o diretor do Conselho Económico Nacional, deve deixar de colaborar com a administração Trump nas próximas semanas.
No comunicado que revela a demissão de Cohn, a Casa Branca não evidenciou nenhum motivo especial para esta decisão. Contudo, o conselheiro de Trump tem sido a cara da oposição ao plano do presidente de implementar grandes tarifas às importações de aço e alumínio.
O presidente dos Estados Unidos já reagiu à saída de Gary Cohn, através de uma nota enviada ao The New York Times. Donald Trump destaca o “trabalho soberbo na gestão da agenda, a ajuda na histórica redução de impostos e reformas e o relançamento da economia norte-americana”. Depois de agradecer pelos serviços prestados, Trump diz que Cohn, que já foi presidente da Goldman Sachs, é um “talento raro”.
Mas a demissão de Gary Cohn pode fazer mossa. Em agosto, o simples rumor de que o conselheiro poderia abandonar a Casa Branca fez com que os mercados financeiros sofressem perdas significativas. O democrata, que defendeu publicamente várias políticas nacionalistas de Trump, sai em desacordo com as novas tarifas para o aço e o alumínio: o The New York Times, que cita fontes próximas de Cohn, diz que o conselheiro é um fiel defensor do mercado livre e receia que as novas tarifas coloquem em risco o crescimento económico dos Estados Unidos.
O jornal norte-americano refere ainda que, nas últimas semanas, Donald Trump teve várias reuniões com Gary Cohn onde colocou a hipótese de este substituir John F. Kelly como chefe de gabinete.