Os enfermeiros iniciaram às 0h00 de quinta-feira uma greve de dois dias pela “valorização e dignificação” destes profissionais e que ficou agendada apesar da marcação de um calendário de negociações com o Governo sobre as suas 15 reivindicações.
A greve, marcada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), começou no turno da manhã de quinta-feira e termina às 24h00 de sexta-feira.
Segundo o SEP, os objetivos desta greve prendem-se essencialmente pela valorização e dignificação dos enfermeiros.
Este sindicato reivindica o descongelamento das progressões, com a contagem dos pontos justamente devidos a todos os enfermeiros, independentemente do tipo de contrato de trabalho.
A contratação imediata de 500 enfermeiros e de mais 1.000 enfermeiros entre abril e maio é outra das reivindicações, assim como “a ocupação integral dos 774 postos de trabalho colocados a concurso” para as Administrações Regionais da Saúde (ARS).
O SEP pretende ainda que seja efetuado “o pagamento do suplemento remuneratório para enfermeiros especialistas em março, com efeitos a janeiro/2018” e “o efetivo pagamento do trabalho extra/horas a mais em março e abril”.
A obrigatoriedade do cumprimento da legislação sobre horários de trabalho, em todas as instituições e a manutenção da missão das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) são outras das medidas que os enfermeiros pretendem ver concretizada.
A 13 de março, o Ministério da Saúde assinou com os sindicatos dos enfermeiros um protocolo negocial para a revisão das carreiras de enfermagem.
Apesar desta assinatura, o SEP decidiu manter a paralisação, pois as negociações com vista à revisão das carreiras é apenas “um dos 15 pontos que levaram à marcação da greve”, disse então o dirigente deste sindicato José Carlos Martins.