O gabinete da Interpol na Guiné-Bissau capacitou 50 jovens guineenses para resistirem ao radicalismo e extremismo religiosos, fenómenos que estão a crescer na África Ocidental, disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.
Aissatu Djalo, presidente do Conselho Nacional de Juventude (CNJ) guineense, entidade organizadora da iniciativa, indicou à Lusa que os 50 jovens foram capacitados com “conhecimentos práticos” sobre o radicalismo.
“A ideia é desenvolver o seu pensamento crítico e ajudá-los a serem mais resilientes aos fenómenos de radicalização e extremismo violento, que atualmente está a expandir na África Ocidental”, lê-se nas recomendações finais do encontro que decorreu, em Bissau, na quinta-feira.
Os 50 participantes na formação foram selecionados entre líderes associativos, jornalistas, estudantes, elementos da juventude partidária e religiosa. Os técnicos da Interpol em Bissau procuraram dotar os jovens de elementos práticos que os possam levar a compreender as causas e consequências da radicalização, do extremismo violento e do terrorismo.
Os jovens passaram a conhecer melhor os sinais de radicalização dentro do ambiente familiar, nas comunidades e nos ambientes escolares e quais as melhores formas de abordagem ao fenómeno.
O encontro de Bissau segue-se a outro realizado no passado mês de fevereiro na ilha senegalesa de Goré, juntando, então, jovens de vários países da África Ocidental, preocupados com o aumento de sinais de radicalismo e extremismo religiosos naquela zona do continente africano.