O ministro do Ambiente considerou esta terça-feira que as duas novas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’s) de Portimão e de Faro/Olhão, vão dotar a principal região turística do país de infraestruturas ao nível das maiores exigências ambientais. “São mais de 30 milhões de euros de investimento, fundamental para tratar os efluentes e garantir que a Foz do Arade (Portimão) e a Ria Formosa (Faro/Olhão) tenham ainda melhor qualidade ambiental”, disse aos jornalistas João Pedro Matos Fernandes à margem da inauguração da nova ETAR da Companheira, em Portimão.
De acordo com o governante, as duas estações de tratamento de águas residuais, a de Portimão, inaugurada esta terça-feira, e a de Faro/Olhão, em construção, vão permitir que o Algarve “possa garantir que as infraestruturas ambientais estejam ao nível das maiores exigências que possam ser feitas, quer por moradores, quer por turistas que escolhem a região como destino de férias”. “São bastante importantes para o Algarve e acompanham o grande salto que a região deu nos últimos anos na qualificação da oferta turística e residencial, através de investimentos público e privado”, destacou.
O ministro do Ambiente, acompanhado pelo secretário de Estado Carlos Martins, presidiu esta terça-feira à inauguração da nova ETAR da Companheira, em Portimão, um investimento de 13,8 milhões de euros dimensionado para servir 140 mil habitantes. A nova ETAR tem capacidade para tratar um caudal médio de cerca de 32 mil metros cúbicos por dia e garante, segundo a empresa intermunicipal Águas do Algarve, entidade gestora da estação, “os mais elevados padrões de qualidade e fiabilidade e, num quadro de sustentabilidade económica, social e ambiental, o abastecimento de água para consumo humano e o tratamento de águas residuais”.
A ETAR da Companheira custou 13,8 milhões, cofinanciada em cerca de 9,5 milhões pelo Fundo de Coesão, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR). A estação, que vai servir três concelhos (Portimão, Lagoa e Monchique), compreende duas linhas de tratamento convencional, constituídas por pré-tratamento completo, homogeneização e equalização de caudais, seguidos de elevação intermédia, tratamento biológico em regime de arejamento prolongado, decantação e desinfeção.
A infraestrutura integrada no Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve “permite melhorar a qualidade da água na ribeira de Boina e, consequentemente, do estuário do rio Arade”, sustentou a Águas do Algarve, acrescentando que a mesma, com um horizonte temporal de 21 anos, “eliminará também os maus cheiros existentes na zona”. Com a entrada em funcionamento da nova ETAR, será desativada a atual, estando projetado para essa zona, com uma área de cerca de seis hectares junto ao rio Arade, um parque ambiental urbano.