As subsidiárias da operadora Oi na Holanda vão votar, em junho, os seus planos de reestruturação no âmbito da recuperação judicial da companhia brasileira, aval que visa dar “reconhecimento europeu” ao documento aprovado no Brasil. Em comunicado enviado ao mercado pela Oi e esta quarta-feira reproduzido em Portugal pela Pharol (principal acionista daquela operadora), informa-se que “a justiça holandesa marcou as datas para as reuniões de verificação dos planos de composição holandeses da PTIF [Portugal Telecom International Finance B.V.] e Oi Coop [Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A. – Em Recuperação Judicial], ambas a serem realizadas a 01 de junho de 2018”.

“Dessa forma, tiveram início solicitações com a intenção de garantir o reconhecimento europeu para o Plano de Recuperação Judicial” da Oi, aprovado no final do ano passado, acrescenta.

O objetivo é que, juntamente com a aprovação de outras subsidiárias como a Oi Móvel S.A.- Em Recuperação Judicial, Telemar Norte Leste S.A. – Em Recuperação Judicial, Copart 4 Participações S.A. – Em Recuperação Judicial, Copart 5 Participações S.A. – Em Recuperação Judicial, seja possível “assegurar que seja concedido efeito internacional” ao plano de reorganização judicial, “conforme votado na assembleia-geral de credores realizada no Brasil nos dias 19 e 20 de dezembro de 2017, que foi homologado por decisão do Juízo da Recuperação Judicial no Brasil em 08 de janeiro de 2018, com efeitos a partir de 5 de fevereiro de 2018”, precisa.

A Oi está num processo de recuperação desde 2016, com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros). O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa através da conversão de 75% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia. A Pharol é acionista de referência da Oi, com 27% das ações.

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