Mudam-se os nomes, muda-se a organização dos meios para combater os fogos. A habitual divisão do ano em cinco fases de combate aos incêndios, onde se inclui a fase Bravo, Delta e Charlie, vai ser substituída por uma divisão diferente, em apenas dois níveis: o nível “permanente” e o nível “reforçado”, avança a Rádio Renascença, que teve acesos à nova Diretiva Operacional da Proteção Civil para 2018.
Numa altura em que se assinalam seis meses desde os fogos de outubro que destruíram a zona centro do país, os planos da Proteção Civil para este ano incidem sobretudo no reforço de meios em cada momento do ano, mesmo nos meses considerados de menor risco. De acordo com a Renascença, o calendário a que correspondiam as tradicionais fases Bravo, Delta e Charlie mantém-se praticamente igual, diferenciando-se apenas na organização dos meios, viaturas e homens, disponíveis.
A primeira mudança está no nome: em vez de se chamar Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, o documento vai agora passar a chamar-se Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais. O reforço dos meios acontece, segundo aquela rádio, em todos os períodos do ano, notando-se ainda mais nos meses de menor risco.
O mês de junho (em que deflagrou o grande incêndio de Pedrógão Grande), por exemplo, que antes estava incluído na fase Bravo, vai agora estar enquadrado no nível “Reforçado III”, havendo um aumento significativo de meios: mais quase 1.600 operacionais no terreno, num total de 8.200, mais 340 viaturas e mais oito meios aéreos nos primeiros 15 dias do mês e mais 16 na segunda quinzena.
O mês de outubro, em que deflagrou o incêndio trágico da zona centro, estava antes inserido na fase Delta, e vai agora estar no nível Reforçado: na primeira metade do mês haverá mais quase três mil homens do que o que acontecia antes, assim como mais 450 viaturas e mais 12 meios aéreos. Os meses de julho, agosto e setembro, vão manter-se como o período mais crítico, estando agora inseridos no nível Reforçado IV — o nível máximo.