Polémica atrás de polémica. Agora são as notas do antigo diretor do FBI, James Comey, documentando as conversas (semanas antes da demissão de Comey, em maio do ano passado) que manteve com o Presidente norte-americano, Donald Trump, que são divulgadas depois de entregues esta quinta-feira ao Congresso.

O principal destaque acaba por ser Michael Flynn, conselheiro de segurança nacional, e a alegada ingerência russa nas eleições americanas.

Em janeiro, durante um jantar privado, Trump afirmou a Comey, segundo estas notas, que Flynn teria “sérios problemas de julgamento”, descrevendo-o, ainda assim, como um “bom rapaz”. Depois, e durante uma audiência privada na Sala Oval, o Presidente terá mesmo solicitado ao então diretor do FBI que encerrasse a investigação sobre Flynn. À época, Michael Flynn estava a ser ouvido sobre os contactos que manteve com o embaixador russo Sergey durante o período de transição, facto que acabaria por resultar (Flynn era acusado de enganar a Casa Branca quanto a este e outros polémicos contactos com russos) na demissão conselheiro, em fevereiro de 2017.

Não tardaria a reação de Donald Trump à entrega das notas ao Congresso. E garante Trump que as mesmas apenas vêm provar, “claramente”, que não houve “conluio nem obstrução”. Por fim, e explicando que a informação agora revelada é informação “confidencial”, Trump questiona se a “caça às bruxas” vai continuar.

Em entrevista à CNN, na quinta-feira, James Comey justificou a entrega das notas ao Congresso. “Eu sabia que podia chegar o dia em que precisaria de um registo do que aconteceu, não apenas para me defender, mas para defender o FBI e a nossa integridade como instituição e a independência da nossa função de investigação”, explicou Comey.

O Departamento de Justiça norte-americano já consultou as notas.

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