Há vários testes que permitem aos fabricantes de automóveis comparar os veículos com os restantes, determinando a sua eficácia de comportamento e, mais importante do que isso, a sua capacidade de ajudar o condutor a escapar de uma situação potencialmente perigosa, como quando é necessário desviar-se de um veículo que se atravessa à sua frente, ou de um animal – o tal alce, porque é um problema real nos países nórdicos – que opte por atravessar a estrada, mesmo quando você está a chegar.

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O km77 submete habitualmente os veículos que ensaia a testes de agilidade, com destaque para o teste do alce e do slalom. O objectivo é não só determinar qual a velocidade máxima a que os respectivos veículos conseguem realizar a manobra evasiva, sem derrubar os pinos, mas também a facilidade com que fazem, obrigando os condutores a mais ou menos esforços ou a mais ou menos dotes de condução. Paralelamente, a prova de slalom reflecte a agilidade do chassi, pois, neste tipo de manobra, fugir ligeiramente de frente ou de traseira impede que se cumpra o teste a uma velocidade superior.

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Como pode ver no vídeo, o Volvo XC40, o SUV mais pequeno da marca sueca, consegue evitar o alce sem matar cones facilmente a 73 km/h, para depois, a 77 km/h, tocar levemente num dos cones e falhar a manobra. Mas revelando sempre uma grande compostura e facilidade de condução, não exigindo muito do condutor e nunca dando provas de fugir excessivamente de frente, como é típico nos SUV, mais altos e mais pesados, pelo que forçam muito os pneus dianteiros.

No mesmo teste do alce, o BMW X2 revelou uma atitude bastante diferente. Cumpriu a manobra evasiva a 73 km/h, já revelando algumas dificuldades, que se amontoaram a 77 km/h, onde uma atitude demasiado subviradora impossibilitava o X2 de evitar o obstáculo sem ceifar os cones. O X2 é obviamente menos eficaz do que o seu rival, parecendo ter suspensões mais macias, que permitem uma maior transferência de massas nas mudanças de apoio, para depois dar provas de ter sempre menos aderência, o que pode ser explicado pelo recurso a pneus de perfil mais alto ou a borrachas mais vocacionadas para uma utilização mista terra/asfalto.

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Seja qual for o motivo, o X2 perde para o XC40, no teste do alce e no slalom, o que é raro num BMW, uma vez que esta marca alemã sempre se pautou por um desempenho ao nível dos melhores no capítulo do comportamento, o que só serve para realçar o desempenho do Volvo.

Para os que gostam de SUV e estão convencidos que nada perdem para as berlinas convencionais, no que respeita à eficácia, prazer de condução e até de segurança, deixamos aqui também o teste do alce do BMW 116d, veículo com sensivelmente o mesmo comprimento do X2, mas 20 kg mais leve e 24 cm mais baixo. O 116d bate o alce a 77 km/h com uma perna às costas e mesmo a uma velocidade superior continua a ser muito fácil de controlar. É clara a facilidade com que a berlina curva e muda de apoio sem desequilibrar, tanto quando enfrenta o alce como os pinos do slalom, provando que carros altos e pesados não são mais divertidos nem eficazes de conduzir a um ritmo mais vivo. Nem seguros, quando toca a evitar obstáculos ou acidentes.