A Aeronáutica Civil da Colômbia apresentou esta sexta-feira as conclusões do relatório final da investigação sobre a queda do avião onde seguia a equipa brasileira de futebol Chapecoense, a 28 de novembro de 2016. Do total de 77 passageiros, 71 acabaram por morrer. A investigação concluiu que foi a falta de combustível que provocou o acidente. O que estava no avião não era suficiente para o voo entre Santa Cruz e Medellín sem a escala prevista. E a tripulação sabia disso.
É que 40 minutos antes do desastre o avião já estava em modo de de emergência. Durante esse período, a tripulação ignorou os avisos sonoros e a luz vermelha que foi emitida na cabine. Além disso, os pilotos não avisaram o controlo de tráfego aéreo sobre o que se estava a passar. Os motores acabaram por parar e o avião planou até atingir o solo.
Os quatro motores do avião pararam de funcionar, o que provocou a queda. Pararam de funcionar por falta de combustível”, explicou um dos representantes da Aeronáutica Civil da Colômbia.
A investigação assegura também que toda a tripulação era experiente e apresentava toda a documentação necessárias para o voo, embora a companhia aérea boliviana Lamia à qual pertencia o avião estivesse numa situação financeira precária: ordenados em atraso e má organização dos voos. O relatório avança ainda que a empresa não cumpria os requisitos das autoridades da aviação civil em relação ao abastecimento de combustível.
https://observador.pt/2016/11/29/aviao-com-72-pessoas-a-bordo-despenha-se-na-colombia/
Estas são algumas das conclusões do relatório final que investigou as causas do acidente do avião que transportava elementos do clube Chapecoense e que está a ser apresentado esta sexta-feira na Colômbia.
A Aeronáutica Civil da Colômbia deu ainda algumas recomendações no sentido de evitar que mais acidentes como este aconteçam, até porque o relatório concluiu que o acidente poderia ter sido evitado. Rever as operações de segurança internacionais e fortalecer os padrões de transporte aéreo entre países são algumas delas.