A chanceler alemã concordou com o Presidente francês e com a primeira-ministra britânica sobre a importância de os Estados Unidos permanecerem no acordo nuclear do Irão, mas Trump já disse que ainda não tomou qualquer decisão.

Além de sublinhar que os Estados Unidos não podem abandonar o acordo, Angela Merkel, Emmanuel Macron e Theresa May “reiteraram a sua disponibilidade para elaborar, num contexto mais amplo e com todos os implicados, convénios adicionais em relação à duração das restrições nucleares, entre outros temas”, indica um comunicado do Governo alemão.

Contudo, o Presidente Donald Trump já fez saber que ainda nada está decidido sobre a continuação dos Estados Unidos no acordo nuclear com o Irão, indicou hoje o conselheiro para a segurança nacional, John Bolton.

O Presidente dos EUA “está obviamente a examinar” a proposta do seu homólogo francês sobre a abertura de negociações sobre um novo acordo alargado.

Merkel falou também com Macron e May sobre as relações comerciais com os Estados Unidos e os três políticos concordaram que Washington não devia tomar medidas em matéria de política comercial contra a União Europeia e que esta deveria estar empenhada em “defender os seus interesses”.

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Merkel, Macron e May concordaram também em continuar com uma intensa cooperação sobre todos os aspetos abordados nas conversas telefónicas.

Recentemente, Emmanuel Macron e Donald Trump defenderam um novo acordo para travar as ambições nucleares do Irão, pouco depois de o Presidente norte-americano ter considerado o atual texto sobre o programa iraniano “um desastre”.

“Nós não temos as mesmas posições de princípio sobre este tema [e] tivemos uma conversa muito aprofundada sobre a questão” deste acordo assinado em 2015 com o objetivo de impedir o Irão de se dotar de armas nucleares, declarou Macron numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente norte-americano.

“Desejamos, por isso, poder a partir de agora trabalhar num novo acordo com o Irão”, acrescentou o chefe de Estado francês.

Por seu turno, Trump exigiu um novo acordo com bases “sólidas”.

“É um acordo com alicerces podres, é um mau acordo, uma má estrutura”, afirmou.