O número de portugueses a pedir baixa médica é hoje o mais elevado nos últimos 20 anos. Segundo avança a TSF, a Segurança Social registou no primeiro trimestre de 2018 uma média de cinco mil baixas médicas por dia, o que representa um aumento de 800 baixas face ao mesmo período do ano passado. O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, alerta para o crescimento das baixas fradulentas.

Também o número de subsídios por doença pedidos ao Estado está a aumentar. Entre janeiro e março, de acordo com a TSF, foram atribuídos 450 mil subsídios por doença, o que representa um aumento de 18% (mais 70 mil) face aos números registados no mesmo período do ano passado.

Segundo aquela rádio, há pelo menos 20 anos (desde que há dados disponíveis no portal da Segurança Social) que não havia números tão altos. A última vez foi em 2001, quando foram atribuídos 435 mil subsídios deste género — mas nessa altura, a população a trabalhar era superior à de hoje.

O Governo reconhece o aumento, afirmando à TSF, através de fonte do Ministério do Trabalho e Segurança Social, que a despesa tem aumentado, mas que não é preocupante face ao que aconteceu entre 2016 e 2017. “Usando o indicador da despesa (mais fiável do que o número de baixas) podemos concluir que a tendência observada acompanha o crescimento do emprego”, diz a mesma fonte.

Em declarações à TSF, o presidente da CIP, António Saraiva, alerta para os motivos subjacentes a esse aumento, incluindo o facto de muitas dessas baixas serem consideradas fraudulentas. Segundo António Saraiva, há trabalhadores de baixa nas suas empresas de origem para poderem fazer outro tipo de trabalhos paralelos noutras empresas para ganharem mais dinheiro. De acordo com o presidente da CIP, o maior número de casos acontece em Leiria, no setor dos moldes e vidros.

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