James Gorman, presidente do banco de investimento Morgan Stanley, diz que é “ridículo” o alerta do investidor George Soros sobre o risco de uma crise mundial iminente. Soros escreveu, nos últimos dias, que a União Europeia está em risco de se desmembrar — possivelmente na sequência da crise política em Itália.

“Honestamente, acho que é algo ridículo”, afirmou Gorman em entrevista à Bloomberg TV. “Não concordo, de todo, que estejamos perante uma ameaça existencial”, comentou o banqueiro em resposta aos alertas de Soros em relação à construção da União Europeia.

Não me parece que a zona euro esteja em perigo”, defende James Gorman.

O otimismo de James Gorman é tanto que o banqueiro acredita que a Reserva Federal dos EUA vai subir as taxas de juro quatro vezes este ano” ou, no mínimo, três vezes. A nova equipa à frente do banco central norte-americano, liderada por Jay Powell, já promoveu uma subida das taxas de juro e prevê-se mais uma subida em junho. Gorman acredita que, além destas duas subidas, haverá mais uma ou duas antes do final do ano, tal é o bom desempenho da economia.

É certo que nos últimos dias o mercado obrigacionista, na Europa e nos EUA, registou alguma instabilidade, também por causa do impasse político em Itália. Mas “não podemos reagir a notícias a 24 horas — não se deve reagir a isso, como investidor. A minha reação é não fazer nada e apenas manter as coisas debaixo de olho”.

Essa tem sido a história nos mercados financeiros nos últimos anos — bom crescimento, sincronizado em termos globais, mas alguns momentos de instabilidade (como o Brexit e a as eleições francesas) que acabam por não ter um efeito de longo prazo no preço das ações e dos outros investimentos, defende James Gorman.

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