A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) registou, em maio, 2.260 ocorrências de incêndios rurais, mais do triplo das registadas o ano passado (707) e cerca de seis vezes mais do que em 2016 (380). Segundo dados enviados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) à agência Lusa, 15 de maio foi o dia com maior número de incêndios, com 221 ocorrências e em que foram mobilizados o maior número de operacionais (mais de 2 mil), meios terrestres e aéreos (42 meios aéreos no ataque inicial).

No mesmo mês, o dispositivo aéreo de combate aos incêndios esteve envolvido em 396 missões, com uma taxa de sucesso de 97% no ataque inicial. Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, indicam que a área ardida em maio foi de 1.101 hectares, contra 724 o ano passado e 610 em 2016.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) está em nível reforçado — nível III até 30 de junho -, dispondo de 8.187 operacionais, apoiados por 1.879 viaturas e 37 meios aéreos. A partir do dia 15 de junho, a quantidade de meios aéreos disponíveis aumenta de 37 para 48.

O DECIR 2018 conta hoje com 3.649 bombeiros voluntários, 236 elementos da Força Especial de Bombeiros, 1081 militares do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (1.081) e 954 elementos do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (954) da GNR, além de 1.415 sapadores florestais. Até ao final do mês, adianta o MAI, estão a funcionar 72 portos de vigia, num total de 288 vigilantes.

No período de maior empenhamento do DECIR (30 de junho a 15 de outubro) funcionarão 231 postos de vigia, assegurados por 924 vigilantes. A Rede Nacional de Postos funcionará num período mais alargado, terminando a 30 de setembro.

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