O PCP vai chamar o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, ao Parlamento com “carácter de urgência” para que “preste informações sobre medidas urgentes e necessárias para a contratação dos profissionais de saúde que estão em falta e sobre que medidas excecionais vão ser tomadas para esse fim“. O anúncio foi feito pela deputada comunista Carla Cruz depois dos deputados, nas visitas que têm realizado a instalações hospitalares no Litoral Alentejano, terem detetado “carências” nos serviços. O PCP diz ainda que o Governo “tarda em romper” com a “política de direita” na saúde.
A deputada comunista adianta que o PCP vai apresentar um projeto de resolução que contempla as medidas necessárias “para contratação dos profissionais que hoje estão em falta” e “também para fazer face aquelas que serão as necessidades com a aproximação de um período de férias e com as alterações que estão previstas nos horários de trabalho”.
Nesta iniciativa, explica Carla Cruz, o PCP vai avançar “já com propostas concretas para a agilização dos procedimentos dos concursos, das contratações que hoje já estão pendentes de uma autorização do Governo, que permitam que mais rapidamente os serviços do Serviço Nacional de Saúde sejam dotados dos profissionais que estão em falta”. E acrescenta: “É preciso tomar medidas urgentes para que o SNS funcione e dê respostas atempadas e de qualidade aos utentes”.
A deputada falou ainda sobre a dificuldade em fixar profissionais de saúde em zonas mais afastadas de Lisboa, dizendo que “os maiores incentivos que se podem dar aos profissionais de saúde” são dar-lhes a possibilidade de terem uma carreira que permita que “as suas progressões sejam feitas”, que lhes dê “estabilidade e desenvolvimento científico, a possibilidade de fazerem investigação e de fazerem formação”.
A não existência destas condições, atira a deputada, “por força da política de direita que este Governo, também no caso da saúde, tarda em romper, tem levado muitos destes profissionais a não se fixarem nesta unidade [Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano] e noutras unidades”.