A Comcast apresentou uma oferta de compra da Fox por 65 mil milhões de dólares na quarta-feira, desafiando assim a Disney — que tinha oferecido mais de 52 mil milhões de dólares em ações — na compra da 21st Century Fox. Segundo a ABC News, a proposta vai ser avaliada em julho.
O grupo tenta agora uma fusão com outro gigante dos media de forma a “fazer frente” a empresas como a Netflix ou a Alphabet. A oferta foi, em grande parte, influenciada pela decisão do tribunal federal norte-americano de autorizar a operadora norte-americana AT&T a avançar com a compra da Time Warner.
A decisão judicial deu confiança à Comcast para avançar com uma proposta semelhante à que a AT&T fez com a Time Warner, contudo, se a compra dos estúdios da Fox avançar efetivamente, a Comcast — que detém a NBC Universal desde 2011 e a DreamWorks desde 2016, — passa a deter dois grandes estúdios de televisão e duas marcas de televisão (o que não acontece no caso da AT&T).
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o presidente da Comcast, Brian Roberts, disse estar “desapontado” com o facto de a Fox ter entrado em negociações com a Disney, mas que está “muito confiante” de que a sua oferta vá ser aprovada. A ser verdade, a Disney, que quer lançar um serviço streaming online dedicado ao entretenimento, fica em maus lençóis, uma vez que, se fechasse negócio com a Fox, passaria a ter mais conteúdo para esse serviço.
A Disney e a Comcast estão, assim, envolvidas numa disputa pelos ativos de entretenimento da 21 Century, que incluem os estúdios de televisão e cinema da Fox, o FX, a Star India e a Sky Plc.