Seis anos depois de ter sido retirado do mercado português, quando o anterior importador da Suzuki para o nosso país – a Cimpomóvel – fechou portas, o Jimny prepara o seu regresso, com a introdução da quarta geração, cuja comercialização em Portugal deverá iniciar-se em Setembro ou, no limite, em Outubro, conforme o Observador conseguiu apurar.
Mais dados, em termos de especificações técnicas, ainda não há, até porque a marca tem prevista a apresentação do novo modelo apenas para o dia 5 de Julho. Mas isso não impediu a própria Suzuki de libertar as primeiras imagens do popular jipe nipónico, que assim se dá a ver por dentro e por fora.
A estética mantém a harmonia com aquilo que fez do pequeno Jimny um grande sucesso de vendas, em quase meio século de existência. Em 48 anos (a primeira geração remonta a 1970), a Suzuki vendeu mais de 2,85 milhões de unidades do seu pequeno jipe e, tão importante quanto isso, conseguiu que a terceira geração do modelo estivesse no activo durante 20 anos. É obra!
Esse reinado está prestes a terminar, com o lançamento da quarta geração, que continua a fazer do estilo “quadradão” o seu melhor chamativo visual. Uma opção que servirá, sobretudo, para que o Jimny se demarque dos SUV – propostas que, embora com uma imagem aventureira, pouco se aventuram fora da cidade, ou não fosse a maioria deles “meros” tracção dianteira… Com o Jimny, isso está fora de questão!
O modelo que vem substituir a terceira geração continua a ser “um TT puro e duro”, entenda-se, não prescindindo da tracção às quatro rodas que fazem do Jimny o companheiro perfeito para umas trialadas. Significa isto que mantém o chassi de longarinas, caixa de transferência com redutoras, eixo rígido traseiro e um sistema de tracção 4×2 que passa a 4×4 por pressão de um botão, quando é mesmo necessário. A robustez continua a ser um dos trunfos do novo Jimny que, no fundo, se parece a um Land Rover Defender, mas em ponto pequeno.
Com uma estética clássica, para não dizer “datada”, parece que a Suzuki seguiu a fórmula da Mercedes e propõe para o Jimny receita similar à que foi aplicada no Classe G: nada de alterações substanciais, pois a ideia não é transfigurar o modelo. Ou seja, a marca nipónica pretende capitalizar a imagem que o seu jipe tipo “caixinha” usufrui junto dos consumidores. Isso por fora, pois por dentro a conversa é outra. No habitáculo, o painel de instrumentos parece ter sido completamente redesenhado e o jipe ganha uma ecrã de maiores dimensões para o sistema de infoentretenimento.
Dados técnicos preliminares sugerem que o Jimny terá um pequeno motor de 660 cc (herdado de um dos Kei Cars da empresa) e outro com 1,5 litros, que pode trabalhar com uma caixa manual de cinco relações ou uma transmissão automática de quatro velocidades. As jantes serão de 15 polegadas (ou de 16”, opcionalmente) e a inovação, do ponto de vista do equipamento, far-se-á notar com o arranque sem chave (por botão), cruise control e o já indispensável ar condicionado.
No capítulo da segurança, não está ainda confirmado, mas o novo Jimny deverá vir preparado para efectuar travagens automáticas em caso de emergência. Resta então esperar por dia 5 de Julho, para informações mais detalhadas acerca deste clássico que agora se renova.