A mais mediática transferência deste verão está confirmada: Cristiano Ronaldo trocou o Real Madrid pela Juventus, num negócio que o clube italiano confirmou ter sido alcançado a troco de 100 milhões de euros. Ora, a mudança de ares protagonizada pelo novo camisola sete de Turim é enorme só por si, mas poderá ter um impacto ainda maior no futebol europeu, se pensarmos nos possíveis (alguns, prováveis) negócios que poderão ser desbloqueados com esta milionária transferência. Lembra-se do frasco de ketchup que Ronaldo utilizava para explicar a sua sequência de golos? É mais ou menos esse o efeito que o internacional português terá no mercado de transferências internacional.
Esta terça feira, o jornal espanhol Marca faz referência a um possível “efeito dominó” causado pelo negócio Ronaldo. A sequência tem o seu quê de lógica e começa com a chegada de Cristiano Ronaldo à Juventus e com a necessidade de a equipa de Turim reequilibrar as suas contas, assim como de cumprir o fair-play financeiro. Com isto em mente, o argentino Gonzalo Higuaín, ex-companheiro do melhor do Mundo em Madrid, poderá estar de malas aviadas para abandonar Itália, onde foi feliz nas últimas cinco épocas, com 146 golos em 251 jogos divididos entre Nápoles e Juventus. O destino? Londres, mais concretamente, Stamford Bridge. O interesse do Chelsea em Pipita Higuaín já é longo e poderá ter o seu final feliz este verão, com 60 milhões de euros a serem provavelmente suficientes para os londrinos levarem o ponta de lança para a capital inglesa.
Se Higuaín chegar ao Chelsea, alguém deverá sair. E a escolha deverá recair sobre o espanhol Morata, que, na época passada, ingressou nos Blues vindo do… Real Madrid. As lesões, a boa prestação de Giroud e o provável ingresso de Higuaín deverão fechar a porta à continuidade de Morata no Chelsea, que já procura interessados nos serviços do avançado espanhol, que até já jogou na Juventus.
O provável destino de Morata, de acordo com a Marca, será o Bayern Munique. Tudo isto porque Lewandowski poderá estar de saída da capital da Baviera, apesar de Nico Kovac, novo técnico do Bayern, já ter admitido a permanência do avançado polaco. Se Lewandowski sair de Munique, não só deverá chegar Morata, como também Cavani. O uruguaio carrasco de Portugal no Mundial poderá ter visto chegar ao fim o seu tempo no Paris Saint-Germain, e não verá com maus olhos uma mudança de ares para o Allianz Arena.
Ora, Lewandowski saíndo de Munique, para onde iria? Pois é, acertou: Real Madrid. Porque todos os ciclos têm um início e um fim e este termina onde começou. O polaco é um dos principais nomes equacionados para reforçar os merengues, que agora se vêem privados de uma grande estrela, tanto no patamar desportivo como no financeiro e publicitário. O polaco não é o único nome em cima da mesa, com Neymar e Mbappé, do PSG, Kane, do Tottenham, Salah, do Liverpool, e até mesmo Icardi, avançado que falhou o Mundial, mas foi figura de destaque no Inter de Milão, a afigurarem-se como principais “substitutos” de Ronaldo. E colocamos substitutos entre aspas porque, na verdade, não será fácil substituir o melhor do Mundo. Nem desportiva nem financeiramente. Mas o Real terá de fazer por isso e aproveitar o frasco de ketchup aberto pelo número sete que deixou um vazio no Bernabéu para encher Turim de sonhos.