Um juiz federal dos Estados Unidos ordenou esta segunda-feira a suspensão temporária das deportações das famílias de imigrantes reunidas depois de serem separadas na fronteira, enquanto o Governo de Trump procura cumprir o prazo para entregar as crianças.
O juiz Dana Sabraw impôs um atraso de pelo menos uma semana após um pedido da American Civil Liberties Union (ACLU), que alegou que existem informações sobre “rumores persistentes e crescentes […] de que deportações em massa podem ser executadas em breve e imediatamente após a reunificação”. O advogado do Departamento de Justiça, Scott Stewart, opôs-se ao atraso, mas não efetuou nenhum comentário sobre os rumores.
A ACLU solicitou que os pais tivessem pelo menos uma semana para decidir se vão solicitar asilo nos Estados Unidos depois que se reencontrarem com seus filhos. O advogado da ACLU, Lee Gelernt, disse que ficou “extremamente satisfeito” com a interrupção e que os pais precisam de tempo para pensar com seus filhos e consultores sobre se devem pedir asilo.
A audiência em San Diego ocorreu numa altura em que o Governo acelerou as reunificações em oito locais não identificados da Imigração e Alfândega Estados Unidos. As famílias estão espalhadas pelo país, os adultos em centros de detenção de imigrantes, as crianças em abrigos supervisionados pelo Governo.
No final do mês passado, Dana Sabraw ordenou que o Governo reunisse os milhares de crianças e pais que foram forçados a se separarem na fronteira pela administração do presidente Donald Trump. O juiz estabeleceu 10 de julho como o prazo para crianças menores de 5 anos e deu ao Governo até 26 de julho para reunir os mais de 2 500 jovens com idades entre 5 e 17 anos e respetivas famílias.