A Pharol esclareceu esta quarta-feira que, no âmbito do Plano de Recuperação Judicial da Oi, foi prevista a realização de dois aumentos de capital, não tendo tomado posição sobre um deles, segundo informação remetida ao mercado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Luis Palha da Silva diz que foi decidido um aumento de capital-Novos Recursos, “por entradas de dinheiro no montante de quatro mil milhões de reais (cerca de 886 milhões de euros), cujas “condições ainda não são conhecidas”, não tendo o Conselho de Administração tomado “qualquer deliberação” sobre o mesmo.

Por sua vez, no que se refere ao aumento de capital — Capitalização de Créditos –, a Pharol não “acorreu” ao aumento, “considerando o preço a que o direito de subscrição poderia ser exercido e as atuais condições de mercado da cotação da Oi”. Este aumento previa a “emissão de novas ações para os ‘Bondholders’ [acionistas] que optassem por converter os seus créditos em capital da Oi”, sendo que o preço mínimo estabelecido para a emissão das ações foi sete reis (cerca de 1,55 euros).

A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros). O Plano de Recuperação Judicial propõe-se a reduzir o passivo da empresa, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.

A portuguesa Pharol é acionista de referência da Oi, com 27% das ações, percentagem que deverá descer com a conversão de créditos. A Pharol tem vindo a mostrar-se contra este Plano de Recuperação Judicial.

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