Parte dos novos carros apresentados no início do mês para o serviço da unidade especializada da GNR no combate aos incêndios (GIPS) teve de ser devolvida por as motobombas terem potência inferior à contratada, avança o Expresso este sábado. Ao todo são cerca de 80 os novos carros, mas nem o Ministério da Administração Interna nem a Autoridade Nacional de Proteção Civil adiantaram quantas tiveram de ser devolvidas.

O problema detetado nas motobombas impede que a água seja lançada pela mangueira com a potência suficiente para apagar as chamas de forma eficiente. Por isso, este comando da GNR considerou que “as viaturas não podem ser utilizadas”, estando a aguardar novas motobombas, declarou ao mesmo jornal César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da GNR.

O governo já reagiu à notícia do Expresso e, citado pela Lusa, garante que “estão operacionais”. As declarações foram feitas pelo secretário de Estado da Proteção Civil que garantiu que “todos os operacionais estão no terreno com os veículos necessários para combater os incêndios”.

Estes carros, fornecidos por duas empresas (apenas nos veículos de uma é que se encontrou a anomalia), têm capacidade, cada um, para 500 litros de água e correspondem a um investimento de 2,2 milhões de euros.

Este problema é um dos vários que se têm encontrado no funcionamento do GIPS. A falta de meios já levou os militares a emprestar fardas aos membros mais recentes da formação. O Expresso dá ainda exemplo de carências destes profissionais, como os novos sofás que chegaram em mau estado para descansarem entre missões e material de cozinha que pertence a “uma emigrante” que vai deixar de ser utilizado assim que voltar a casa.

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