As províncias angolanas de Luanda e Cuanza Norte registaram, de 11 a 23 deste mês, um total de 16 casos suspeitos de cólera, dos quais três foram confirmados, indicaram esta segunda-feira as autoridades sanitárias de Angola.
Os dados referentes ao resumo dos casos suspeitos de cólera, elaborados pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde, a que agência Lusa teve hoje acesso, dão conta que o laboratório recebeu três casos suspeitos do município de Bolongongo, província do Cuanza Norte, e os restantes de Luanda, dos municípios da Samba (dois), Sambizanga (um), Ingombota (um), Viana (dois), Cacuaco (seis) e um sem ficha de identificação.
As autoridades referem que, desde o início da epidemia, no período de 28 de maio a 23 de julho do ano em curso, o laboratório recebeu 68 amostras suspeitas de cólera provenientes das províncias de Luanda (65) e Cuanza Norte (três), tendo-se isolado nestas o vibrião colérico em 12 amostras recebidas de Luanda: Talatona (dois), Rocha Pinto (um), Samba (três), Belas (quatro) e Cacuaco (dois).
“Além disso, 52 amostras foram negativas e quatro ficam pendentes (uma na província de Luanda e três da província do Cuanza Norte), refere o relatório. Do total acumulado, entre maio e julho, foram confirmados 12 casos de cólera, em crianças e adultos, entre um ano e 63 anos, em Luanda – Talatona, Rocha Pinto, Samba, Belas e Cacuaco.
Este ano, também as províncias do Uíge e Cabinda, ambas no norte de Angola, foram já assoladas por surtos de cólera, que atingiu na primeira mais de 600 pessoas e mais de uma dezena de mortos, e na segunda mais de dez casos e pelo menos um óbito, registados em fevereiro deste ano.